PRÉ-ECLÂMPSIA E HIPERTENSÃO GESTACIONAL: IMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS E AVANÇOS NO MANEJO CLÍNICO
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Palavras-chave

Pré-eclâmpsia
Hipertensão induzida pela gravidez
Complicações na gravidez
Complicações cardiovasculares da gravidez

Como Citar

Silva, P. L. . F., Rosa, R. . S. M. da, Dias, V. M., Costa, I. S. F. F., Parolin, L. G., Fritsch, V. G., Filho, M. V. P. de B., Palha, B. E., Munhoz, E. R., Prata, F. R. M., Onofre, L. N., & Anjos, G. F. R. dos. (2024). PRÉ-ECLÂMPSIA E HIPERTENSÃO GESTACIONAL: IMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS E AVANÇOS NO MANEJO CLÍNICO . Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(10), 1178–1186. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p1178-1186

Resumo

INTRODUÇÃO: A pré-eclâmpsia (PE) e a hipertensão gestacional (HG) são desordens hipertensivas da gravidez que representam importantes causas de morbidade e mortalidade materno-fetais, especialmente em países em desenvolvimento. A PE é caracterizada por hipertensão e proteinúria após a 20ª semana de gestação, enquanto a HG se refere à hipertensão diagnosticada na gravidez sem proteinúria. Ambas as condições são responsáveis por complicações graves, como restrição de crescimento intrauterino (RCIU), parto prematuro e eclâmpsia, além de aumentar o risco cardiovascular materno a longo prazo. O manejo clínico evoluiu significativamente nas últimas décadas, com avanços tanto na detecção precoce quanto no tratamento, visando minimizar os desfechos adversos. OBJETIVO: O objetivo desta revisão é explorar as implicações materno-fetais associadas à pré-eclâmpsia e à hipertensão gestacional, além de discutir os avanços mais recentes no manejo clínico dessas condições. A pesquisa pretende fornecer uma visão abrangente sobre os mecanismos fisiopatológicos envolvidos, os fatores de risco e as intervenções terapêuticas que têm mostrado resultados promissores na redução de complicações. METODOLOGIA: revisão literária sistemática onde foram selecionados periódicos publicados entre 2010 a 2024 utilizando-se de pesquisas feitas nas principais bases de dados, sendo elas Scielo, BVS, Google Acadêmico, Mendeley e PubMed. RESULTADOS: a pré-eclâmpsia e a hipertensão gestacional estão associadas a um aumento significativo de complicações tanto para a mãe quanto para o feto. Entre os principais desfechos maternos estão eclâmpsia, insuficiência renal, síndrome HELLP (hemólise, enzimas hepáticas elevadas e baixa contagem de plaquetas), além de um risco aumentado de desenvolvimento de doenças cardiovasculares crônicas. No feto, as complicações incluem restrição de crescimento intrauterino (RCIU), parto prematuro e mortalidade neonatal. Avanços no manejo clínico, como o uso de aspirina em doses baixas para a prevenção de PE em pacientes de alto risco, além de novas abordagens para o monitoramento da função placentária e o uso de marcadores bioquímicos, mostraram-se eficazes na melhoria dos desfechos. CONCLUSÃO: A pré-eclâmpsia e a hipertensão gestacional permanecem como grandes desafios na medicina obstétrica, com implicações sérias para a saúde materno-fetal. No entanto, os avanços na identificação precoce de fatores de risco e o desenvolvimento de intervenções preventivas e terapêuticas promissoras têm contribuído para a redução da morbidade e mortalidade associadas a essas condições. 

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p1178-1186
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Referências

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