Abstract
O infarto do miocárdio (IM) é uma das principais causas de mortalidade e morbidade global, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Embora avanços no tratamento agudo, como intervenções coronárias percutâneas, tenham melhorado as taxas de sobrevivência, a recuperação a longo prazo ainda é um desafio. A reabilitação cardíaca (RC) surge como uma estratégia essencial para melhorar os desfechos clínicos e psicossociais pós-IM, ajudando a diminuir a taxa de mortalidade e a melhorar a qualidade de vida.. Este estudo teve como objetivo analisar o papel da RC na redução da mortalidade, prevenção de recorrências e melhoria da qualidade de vida, além de discutir os desafios na implementação e adesão a esses programas. Para isso, foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizando as bases Google Scholar, Scopus e Web of Science, com descritores como "Reabilitação Cardíaca", "Infarto do Miocárdio" e "Qualidade de Vida". Foram incluídos artigos publicados nos últimos 20 anos, revisões sistemáticas, metanálises e diretrizes de instituições reconhecidas, como a American Heart Association (AHA) e a European Society of Cardiology (ESC). Os resultados evidenciaram que a RC promove benefícios clínicos significativos, como redução da mortalidade cardiovascular, melhoria da capacidade funcional e controle de fatores de risco. Além disso, impactos psicológicos positivos, como redução de ansiedade e depressão, foram observados em pacientes que participaram de programas de RC. No entanto, barreiras como falta de acesso, custos elevados e baixa conscientização limitam a adesão. Estratégias como a expansão de programas comunitários e o uso de tecnologias digitais foram sugeridas para superar esses desafios. Conclui-se que a RC é uma intervenção fundamental para a recuperação pós-IM, com benefícios comprovados para a saúde física e emocional dos pacientes. A ampliação do acesso e a implementação de abordagens inovadoras são essenciais para maximizar seus impactos positivos.
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