Abstract
INTRODUÇÃO: O câncer de pulmão é o tumor mais letal entre homens e o segundo mais comum entre mulheres no mundo, com cerca de 32.000 novos casos estimados no Brasil para o triênio 2023-2025, conforme o INCA. Fatores como o tabagismo, exposição a agentes carcinogênicos ocupacionais, poluição atmosférica e radônio são os principais responsáveis pela alta incidência. O diagnóstico é difícil devido aos sintomas iniciais vagos, sendo a radiografia de tórax e a tomografia computadorizada os principais
exames iniciais. Este estudo visa analisar o comportamento da doença no Brasil, identificando padrões de incidência, mortalidade e fatores de risco, além de avaliar o impacto das políticas públicas e possíveis variações regionais. OBJETIVO: A pesquisa
busca compreender os padrões dessa doença no país, identificando variações regionais, tendências temporais e fatores de risco, fornecendo dados importantes para melhorar as estratégias de prevenção e alocação de recursos no combate à neoplasia pulmonar. METODOLOGIA: A presente pesquisa, possui um caráter epidemiológico, retrospectivo e descritivo, com abordagem quali-quantitativa a partir dos dados obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Realizado
mediante dados sobre as notificações de casos de neoplasias malignas de pulmões e brônquios no Brasil, entre os anos de 2019 a 2023. RESULTADO E DISCUSSÃO: A análise dos dados do Painel de Oncologia do DataSUS (2019-2023) sobre câncer de brônquios e
pulmão mostra uma leve predominância de casos em homens (38.451) em comparação com mulheres (34.559). A maior concentração ocorre no Sudeste (30.811 casos) e no Sul (21.094), enquanto o Norte apresenta apenas 2.767 casos. O tratamento mais comum é a quimioterapia, com 36.174 registros (52,7%), seguida por cirurgia (10.681) e radioterapia (6.535), mas 19.176 casos não possuem dados detalhados de tratamento. A maioria dos diagnósticos ocorre em estágio avançado (43,2% em estágio 4). CONCLUSÃO: Conclui-se que as neoplasias de brônquios e pulmão são mais prevalentes em homens e nas regiões Sudeste e Sul, com predominância de diagnósticos em estágios avançados e na faixa etária acima dos 50 anos. A quimioterapia é o tratamento mais comum, refletindo o estágio tardio dos diagnósticos. Essas informações demostram a necessidade de políticas voltadas para o rastreamento precoce e o aprimoramento do registro de dados, para melhorar o prognóstico e a efetividade das intervenções no combate ao câncer de pulmão no Brasil.
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