Saúde Mental de Gestantes com HIV: Relação com a Adesão ao Tratamento e Desfechos Neonatais.

Abstract

O HIV é considerado um desafio de saúde pública em escala global, assim como também a saúde mental das gestantes. O perfil epidemiológico indica um crescimento no número de casos entre mulheres em idade reprodutiva, com um significativo aumento de diagnósticos durante o pré-natal, o que torna a gravidez um período sensível, marcado por medo, ansiedade, preconceitos e estigmas. Este artigo tem como finalidade examinar a literatura científica sobre os benefícios que a rede de apoio social proporciona às gestantes que convivem com o HIV. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, utilizando bancos de dados como Scientific Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Banco de Dados em Enfermagem (BDENF), National Library of Medicine (NLM-PUBMED), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Foram encontrados 4 artigos publicados nos idiomas originais: Português (1) e Inglês (3), que satisfizeram os critérios de inclusão e abordaram a questão central: “Quais são os benefícios da rede de apoio social às gestantes que vivem com HIV”? Destacam-se grupos de apoio de organizações não governamentais, compostos por mães que também enfrentam o HIV, que vivenciaram o diagnóstico, o estigma e a exclusão social, além de alcançar a aceitação e um melhor entendimento sobre a condição, incluindo gestantes com diagnósticos recentes. Conclui-se que as redes de apoio social voltadas às gestantes que convivem com HIV são limitadas; no entanto, observa-se que o suporte social proporcionado por esses grupos tem um impacto positivo na adesão ao tratamento e na aceitação de gravidezes não planejadas, assim como uma compreensão mais aprofundada do diagnóstico.