Abstract
Introdução: Pré Eclâmpsia é caracterizada por um novo episódio de hipertensão, associado a proteinúria, iniciado após a vigésima semana de gestação. Casos graves são uma das mais importantes causas de mortalidade materna, estando associados a 50.000 a 100.000 mortes anuais globalmente, bem como à mortalidade e morbidade fetal e neonatal, especialmente em países em desenvolvimento. Nesse sentido, torna-se fundamental o monitoramento da pressão arterial sistêmica na tentativa de prevenir a ocorrência dessa doença. Objetivo: Compreender o impacto do diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia na mortalidade materna e fetal. Método: Revisão bibliográfica realizada entre março e abril de 2023, a partir das publicações do PubMed e da Biblioteca Virtual em Saúde, de 2018 a 2023, em inglês e português. Utilizado o cruzamento dos descritores "Pre-Eclampsia", "Diagnosis", “Maternal Mortality” e "Fetal Mortality", com exclusão de artigos por título ou resumo, incompatíveis com os objetivos ou artigos duplicados, com uma amostra final de 9 artigos. Resultados: Diferentes intervenções realizadas ao longo dos artigos demonstraram como a descoberta precoce da doença em questão aumenta a sobrevida materna. Dentre as estratégias adotadas nos estudos, a triagem de pacientes de alto risco, a automonitorização domiciliar da pressão arterial, bem como o uso do índice de pulsatilidade da artéria uterina foram satisfatórios para a previsão precoce de pré-eclâmpsia. Em paralelo, uma outra pesquisa detectou que os casos de início precoce apresentaram piores desfechos maternos e perinatais, além de diferenças entre os achados fisio e anatomopatológicos das placentas de pacientes com pré-eclâmpsia de início precoce e tardio. A respeito da mortalidade fetal, não foram encontradas evidências suficientes para conclusões. Conclusão: A elevada taxa de mortalidade materna decorrente da pré-eclâmpsia resulta da falta de detecção e manejo das gestantes com alto risco de desenvolvimento de Hipertensão Arterial Sistêmica.
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