EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA INTERVENÇÃO LÚDICO-EDUCATIVA REALIZADA EM UMA ESCOLA DO NORTE BAHIANO
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Palavras-chave

Adolescência
Educação em Saúde
Promoção da saúde

Como Citar

Coelho, A. M. e S., Novaes, M. E. C. S. B., Alves, E. C., Carvalho, A. R. de, Costa, N. O., Pacheco, F. S. O., Freire, T. R. da S. S., Torres, M. C. de S., Nascimento, C. L. da C., Pereira , K. V., Ribeiro Filho, J. C., & Silva, R. S. B. da. (2025). EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA INTERVENÇÃO LÚDICO-EDUCATIVA REALIZADA EM UMA ESCOLA DO NORTE BAHIANO. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 7(4), 1498–1508. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n4p1498-1508

Resumo

A adolescência é uma fase de intensas transformações físicas, emocionais e sociais, que tornam os jovens mais vulneráveis e suscetíveis a comportamentos de risco. Nesse contexto, a educação sexual se destaca como uma ferramenta fundamental para promover escolhas conscientes, prevenir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e reduzir a gravidez na adolescência. A Educação Sexual Abrangente (ESA), que considera aspectos biológicos, emocionais, sociais e éticos da sexualidade, é respaldada por evidências científicas e por diretrizes internacionais como as da UNESCO. Este trabalho utiliza o relato de experiência como abordagem metodológica, valorizando o conhecimento produzido na prática extensionista. A intervenção foi desenvolvida por estudantes de medicina em uma escola pública, com alunos do 2º ano do ensino médio, e teve como objetivo promover educação em saúde sexual de forma lúdica, participativa e acessível. A metodologia incluiu exposição dialogada, jogo de tabuleiro humano, dinâmica de verdadeiro ou falso e espaço para perguntas anônimas. Essas estratégias buscaram estimular o pensamento crítico, a interação e o acolhimento das dúvidas dos adolescentes. Durante a ação, os alunos demonstraram grande interesse e engajamento, revelando lacunas no conhecimento, mas também disposição para aprender. A linguagem simples, o respeito à diversidade e a escuta ativa foram essenciais para criar um ambiente seguro e de confiança. Para os discentes de medicina, a experiência possibilitou o desenvolvimento de habilidades comunicacionais, empatia, trabalho em equipe e senso de responsabilidade social. Conclui-se que ações educativas como essa são eficazes e necessárias para o enfrentamento das desigualdades no acesso à informação em saúde. Além disso, reafirmam o papel transformador da extensão universitária na formação médica, contribuindo para uma prática mais ética, crítica e humanizada, alinhada às necessidades reais da população.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n4p1498-1508
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