Resumo
A sepse, uma condição crítica com alta taxa de mortalidade, tem sido objeto de avanços significativos nas últimas décadas. Este estudo revisa e sintetiza as inovações recentes no diagnóstico e tratamento da sepse, destacando os principais progressos e desafios ainda existentes. A detecção precoce da sepse foi aprimorada por meio da utilização de biomarcadores avançados, como a proteína C reativa (PCR), procalcitonina (PCT) e interleucina-6 (IL-6), que têm mostrado aumentar a sensibilidade e especificidade do diagnóstico. Além disso, técnicas de imagem sofisticadas, incluindo tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e ultrassonografia, têm desempenhado um papel crucial na identificação de fontes infecciosas e na avaliação da disfunção orgânica associada à sepse. Os testes moleculares, como a reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real, têm proporcionado uma detecção rápida e precisa de patógenos, permitindo terapias antimicrobianas mais direcionadas. No que tange ao tratamento, intervenções focadas na modulação da resposta inflamatória e terapias imunomoduladoras têm demonstrado potencial para melhorar os desfechos clínicos. Agentes como antagonistas de interleucinas e inibidores de citocinas têm mostrado reduzir a mortalidade em pacientes com sepse grave, apesar de desafios relacionados à variabilidade na resposta dos pacientes e efeitos adversos potenciais. A adesão a protocolos clínicos padronizados, como os recomendados pela Surviving Sepsis Campaign, tem sido fundamental para a melhoria dos resultados, promovendo a administração precoce de antibióticos e ressuscitação volêmica. Apesar desses avanços, a gestão da sepse ainda enfrenta desafios significativos, incluindo a heterogeneidade dos pacientes e a necessidade de personalização do tratamento. A integração de biomarcadores, técnicas de imagem e terapias avançadas precisa ser otimizada para atender às necessidades individuais dos pacientes e melhorar os resultados clínicos. A pesquisa contínua e a implementação rigorosa de práticas baseadas em evidências são essenciais para reduzir a mortalidade associada à sepse e elevar a qualidade de vida dos pacientes.
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