ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR NO TRATAMENTO DE DEFORMIDADES FACIAIS: REVISÃO DE LITERATURA
PDF

Palavras-chave

Lesões na face, Fissuras faciais, Alterações dento faciais, Qualidade de vida.

Como Citar

Nascimento, K. N. M. P. do, Wroblewki, V. S., Neco, E. C., Lacerda, E. M. C., Oliveira, L. M. N. de, Brito, M. R. de A., Santos, C. B. B. do N., Tavares, C., Spanazzi, M. de L. M., Alves, R. M., Lima, E. F. cirilo, Albuquerque, L. M. M. de, Andrade, V. A. A. de, Maia, A. R. do N., Costa, D. B., Rocha, L. L. L., Felix, M. M., & Oliveira, A. V. de. (2024). ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR NO TRATAMENTO DE DEFORMIDADES FACIAIS: REVISÃO DE LITERATURA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(7), 1396–1411. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p1396-1411

Resumo

A face é a região de expressão da alma, onde todos os sentimentos são representados. Desempenha um importante papel no estabelecimento das relações sociais, bem como na comunicação e na qualidade de vida. Essa relevância funcional, estética e social da face torna as deformidades faciais a causa de angústia e isolamento dos indivíduos. As deformidades faciais podem ser do tipo congênitas ou adquiridas por traumas ou mutilações, e a gravidade da lesão é muito particular, o que torna difícil a utilização de métricas. O  objetivo  desta  revisão de literatura  é  demonstrar a abordagem multidisciplinar no tratamento das deformidades faciais. Dentre  as  principais  deformidade faciais de origem congênita, as fissuras lábio palatinas são as mais frequentes e podem desenvolver diversas alterações que comprometem desde a posição dos dentes, como a fala, a alimentação, a respiração e a estética. O tratamento para lesões na face deve envolver uma equipe multidisciplinar, incluindo cirurgião plástico e bucomaxilofacial, otorrinolaringologista,   ortodontista, protesista, fonoaudiólogo, geneticista, psicólogo e nutricionista. Portanto, as deformidade faciais exercem forte influência na estética, na qualidade de vida e na integração social de indivíduos acometidos por essas lesões. Também é importante ressaltar a necessidade de conter uma equipe multidisciplinar no atendimento de pacientes com deformidades faciais, tendo em vista que essas alterações podem comprometer diversas funções físicas e psicológicas do indivíduo. É de suma importância o acompanhamento de diversos profissionais em uma abordagem multidisciplinar no tratamento de deformidade faciais desde o início do diagnóstico e durante toda a vida do paciente buscando sempre o bem-estar e qualidade de vida para portadores dessas lesões.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p1396-1411
PDF

Referências

Aggarwal V, Datta K, Kaur S. (2016). Rehabilitation of post-traumatic total nasal defect using silicone and acrylic resin. Journal of Indian Prosthodontic Society. 16(1):87-90. https://doi.org/10.4103/0972-4052.164902.

Amer LSH, Oliveira, BC, Silva JCM, Almeida CCM, Almeida LJM, Oliveira CMS, Silva ALS, Oliveira LGSL. (2024). Reabilitação bucomaxilofacial em pacientes com deficiências congênitas ou adquiridas. Revista CPAQV, 16(1). https://revista.cpaqv.org/index.php/CPAQV/article/view/1600/1246.

Barreto LS, Paula DM, Quintas PH, Santana DC, Cerqueira A. (2017). Reconstrução de defeito em osso frontal com polimetilmetacrilato: relato de caso. Revista Odontológica de Araçatuba. 38(2):22-25. https://revaracatuba.odo.br/revista/2017/08/TRABALHO3.pdf.

Bisson JI, Shepherd JP, Dhutia M. (1997). Psychological sequelae of facial trauma. The Journal of Trauma. 43(3):496–500. https://doi.org/10.1097/00005373-199709000-00018.

Borges AR, Mariano L, Sá J, Medrado AP, Veiga PC, Reis SRA. (2014) Fissuras labiais e/ou palatinas não sindrômicas: determinantes ambientais e genéticos. Revista Bahiana de Odontologia. 5(1), 48-58. https://doi.org/10.17267/2596-3368dentistry.v5i1.329.

Broder HL, Wilson-Genderson M, Sischo L. (2017). Qualidade de vida relacionada à saúde bucal em jovens submetidos a cirurgia relacionada à fissura: autorrelato e classificações por procuração. Qual Vida Res. 26(4):859-67. https://doi.org/10.1007/s11136-016-1420-5.

Cardoso AL, Magalhães JCA, Zaffalon GT, Neto HS, Antônio R, Anselmo SM. (2007). Histologia e fisiologia do enxerto ósseo autógeno revisão de literatura. Innovations Implant Journal - Biomaterials And Esthetics. Mai. 1(1):10-4. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-561048.

Carvalho GD, Souza LF, Ferreira TO, Bento G, Haddad MF. (2019). Prótese bucomaxilofacial: a Odontologia além da boca. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 8(6). https://doi.org/10.21270/archi.v8i6.3223.

Carvalho SC, Martins EJ, Barbosa M. (2012). Variáveis psicossociais associadas à cirurgia ortognática: uma revisão sistemática da literatura. Psicologia: Reflexão e Crítica. 25(3). https://doi.org/10.1590/S0102-79722012000300007.

Costa B. (2011). Odontopediatria na reabilitação de crianças com fissura labiopalatina. Anais. https://core.ac.uk/download/pdf/37522267.pdf.

D'Avila S, Barbosa KGN, Bernardino IM, Nóbrega LM, Bento PM, Ferreira EFE (2016). Facial trauma among victims of terrestrial transport ac cidents. Brazilian Journal of Otorhinolaryngoly. 82(3):314–20. https://doi.org/10.1016/j.bjorl.2015.10.004.

Dey JK, Ishii M, Boahene KD, Byrne P, Ishii LE. (2015). Impact of facial defect reconstruction on attractiveness and negative facial perception. Laryngoscope. 125(6):1316-1321. https://doi.org/10.1002/lary.25130.

Godoy A, Ishii M, Dey J, Boahene KD, Byrne PJ, Ishii LE. (2013). Facial lesions negatively impact affect display. Otolaryngol Head Neck Surg. 149(3): 377-383. https://doi.org/10.1177/0194599813490887.

Eckstein DA, Wu RL, Akinbiyi T, Silver L, Taub PJ. (2011). Measuring quality of life in cleft lip and palate patients: Currently available patient-reported outcomes measures. Plast Reconstr Surg. 128:518e–526e. https://doi.org/10.1097/PRS.0b013e31822b6a67.

Erickson K, Schulkin J. (2003). Facial expressions of emotion: a cognitive neuroscience perspective. Brain Cogn. 52:52–60. https://doi.org/10.1016/s0278-2626(03)00008-3.

Figueirêdo CJR, Vasconcelos WKS, Maciel SSS, Maciel WV, Gondim LAM, Tassitano RM. (2011). Prevalência de fissuras orais no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil, entre 2000 e 2005. Revista Paulista de Pediatria, 29(1), 29-34. https://doi.org/10.1590/S0103-05822011000100005.

Gamarra RS, Oliveira JAP, Dib LL. (2015). A estética em reabilitação bucomaxilofacial. Rev APCD. 3(1):42-52.

Gava ECB, Miguel JAM, Araújo AM, Oliveira BH. (2013). Psychometric properties of the Brazilian version of the Orthognathic Quality of Life Questionnaire. J Oral Maxillofac Surg 71(10):1762.e1. https://doi.org/10.1016/j.joms.2013.05.020.

Giacomin M, Conto FD, Siqueira SP, Signori PH, Eidth JMS, Sawazaki R. (2017). Elderly pati ents with facial trauma: a 10 year review. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontontologia. 20(5):618–23. https://doi.org/10.1590/1981-22562017020.160183.

Gomes MWF. Prevalência das fissuras labiopalatinas e da severidade das deformidades dentofaciais de pacientes atendidos em um centro de reabilitação de anomalias craniofaciais do estado do Rio Grande do Norte. (2023). Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal. https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/52881/1/PrevalenciaSeveridadePacientes_Gomes_2023.pdf.

Gussy M, Kilpatrick N. (2006). The self-concept of adolescents with cleft lip and palate: A pilot study using a multidimensional/ hierarchical measurement instrument. Int J Paediatr Dent. 16:335–341. https://doi.org/10.1111/j.1365-263X.2006.00754.x.

Itier RJ, Batty M.(2009). Neural bases of eye and gaze processing: the core of social cognition. Neurosci Biobehav Rev. 33:843–863. https://doi.org/10.1016/j.neubiorev.2009.02.004.

Kasatwar A, Borle R, Bhola N, Rajanikanth K, Prasad GSV, Jadhav A. (2018). Prevalence of congenital cardiac anomalies in patients with cleft lip and palate–Its implications in surgical management. Journal of oral biology and craniofacial research, 8(3), 241-244. https://doi.org/10.1016/j.jobcr.2017.09.009.

Yamaguchi K, Lonic D, Chen C, Lo L-J. (2016). Correction of Facial Deformity in Sturge–Weber Syndrome. Plastic and Reconstructive Surgery - Global Open 4(8):p e843, https://doi.org/10.1097/GOX.0000000000000843.

Kondo RN, Scalone FM, Alves LRM, Montero RH. (2020). Lipoenxertia autóloga: uma boa opção para tratamento de deformidade facial após traumatismo craniano. Surgical & Cosmetic Dermatology. 12(4):384-387. https://doi.org/10.5935/scd1984-8773.20201242518.

Link JJ, Nickerson JR JW. (1992). Temporomandibular joint internal derangements in an orthognathic surgery population. Int. J. Adult Orthod. Orthognath. Surg. 7:161-169. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/1291610/.

Lopes AF, Mendonça ÉS. 2016. Ser jovem, ser belo: a juventude sob holofotes na sociedade contemporânea. Revista Subjetividades, 16(2):20-33. https://doi.org/10.5020/23590777.16.2.20-33.

Marcião EF, Batista GLM, Rabelo JMS, Fernandes SL, Branches SJA, Pedroso MNM, Silva G. (2021). A importância da fisioterapia bucomaxilofacial para a cirurgia oral menor. Research, Society and Development. 10(9):e24510918079. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18079.

Migliorucci RR, Passos DCBOF, Berretin-Felix G. (2017). Programa de terapia miofuncional orofacial para indivíduos submetidos à cirurgia ortognática. Revista CEFAC. 19(2). https://doi.org/10.1590/1982-021620171921317.

Medeiros MNLD, Silva ASCD, Fukushiro AP, Ferlin F, Yamashita RP. (2016). A cirurgia ortognática com avanço de maxila pode eliminar a hiponasalidade em indivíduos com fissura labiopalatina e retalho faríngeo. Anais: resumos expandidos. https://doi.org/10.11606/D.25.2019.tde-03092019-214024.

Mendes M, Silveira MM, Costa FS, Schardosim LR. (2012). Avaliação da percepção e da experiência dos cirurgiões-dentistas da rede municipal de Pelotas/RS no atendimento aos portadores de fissuras labiopalatais. Revista da Faculdade de Odontologia-UPF. 17(2). https://doi.org/10.5335/rfo.v17i2.2886.

Miguel JAM, Palomares NB, Feu D. (2014). Life-quality of orthognathic surgery patients: The search for an integral diagnosis. Dental Press Journal of Orthodontics. 19(1):123-137. https://doi.org/10.1590/2176-9451.19.1.123-137.sar.

Park EJ, In SK, Yi HS, Kim HI, Kim HS, Kim HY. (2019). Treatment of post-traumatic chin deformities using bilateral botulinum toxin injections. Arch Craniofacial Surgery. 20(5):310-3. https://doi.org/10.7181/acfs.2019.00199.

Pereira ISM. (2017). A importância do odontopediatra na abordagem multidisciplinar do paciente com fenda labial e/ou palatina - uma Revisão da Literatura. Disseração (Mestrado Integrado em Medicina Dentária) - Universidade de Lisboa, Lisboa. https://repositorio.ul.pt/handle/10451/29543.

Pinto JG, Ciprandi MTO, Aguiar RC, Lima PVP, Hernandez PAG, Silva Júnior AN. 2007. Enxerto Autógeno x Biomaxteriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais – uma revisão de conceitos atuais. RFO, 12(3):79-84. http://download.upf.br/editora/revistas/rfo /12-03/15.pdf

Ramos JC, Almeida MLD de, Alencar YCG, Sousa Filho LF, Figueiredo CHMC, Almeida MSC. (2018). Epidemiological study of bucomaxilofacial trauma in a Paraíba reference hospital. Revista do Colegio Brasileiro de Cirurgiões. 45(6): e1978. https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20181978.

Roda SR, Lopes VLGS. (2008) Aspectos odontológicos das fendas labiopalatinas e orientações para cuidados básicos[Dental aspects of cleft lip and palate and guidelines for basic care]. Revista de Ciências Médicas. 17(2):95-103. https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/cienciasmedicas/article/download/747/727.

Rodrigues MR, Costa B, Gomide MR, das Neves LT. (2005). Fissura completa bilateral : características morfológicas. Rev Odontol da UNESP. 34(2):67–72. https://s3.amazonaws.com/host-article-assets/rou/588017ae7f8c9d0a098b484f/fulltext.pdf.

Santos RS, Dias IMV. 2005. Refletindo sobre a malformação congênita. Revista Brasileira de Enfermagem, 58(5):592-596. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-429502.

Silva GA, Vieira AJD, Silva FL, Oliveira PS, Gaspar LL, Freitas ES, Azevedo LS, Lopes, JLPSD, Cabrera GEL, Ferreira FAB. (2023). Trauma complexo de face com desenluvamento e avulsão ocular:conduta e manejo cirúrgico. In: Cardoso T. 1° Ed. Editora: Brazilian Journals. https://www.brazilianjournals.com.br/assets/ebooks/479Y78ns2f1N5rpJ3dX2iuC6SU7KLTx0.pdf#page=33.

Silva NS. (2021). Autoestima de pessoas portadoras da fissura labiopalatina: uma revisão narrativa. RUNA. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) – UNISUL, Florianópolis.

https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17177.

Silveira BL, Meneses DLP, Veras ESL, Melo Neto JP, Moura LKB, Melo MSAE. (2020). The health professionals’ perception related to the importance of the dental surgeon in the Intensive Care Unit. Revista Gaúcha de Odontologia. 68:e2 0200015. https://doi.org/10.1590/1981-863720200001520190055.

Silveira MF, Maroco JP, Freire RS, Martins AMEBL, Marcopito LF. (2014). Impacto da saúde bucal nas dimensões física e psicossocial: Uma análise através da modelagem com equações estruturais. Cadernos de Saúde Pública. 30:1. https://doi.org/10.1590/0102-311X00072013.

Soh CL, Narayanan V. (2013). Quality of life assessment in patients with dentofacial deformity undergoing orthognathic surgery - a systematic review. British Dental Journal. 215(411). https://doi.org/10.1038/sj.bdj.2013.1019

Tuji FM, Bragança TDA, Rodrigues CDF, Pinto DPDS. (2009). Tratamento multidisciplinar na reabilitação de pacientes portadores de fissuras de lábio e/ou palato em hospital de atendimento público. Revista para. med. 23(2). https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-589439.

Vyas T, Gupta P, Kumar S, Gupta R, Gupta T, Singh HP. (2020). Cleft of lip and palate: A review. Journal of family medicine and primary care, 9(6):2621-2625. https://doi.org/10.4103/jfmpc.jfmpc_472_20.

Zhang AJ, Moraites E, Goldfarb N, Liszewski W, Farah RS. (2019). Acquired partial lipodystrophy treated with poly-L-lactic acid and hyaluronic acid fillers: a case report. J Cosmet Laser Ther. 21(4):201-2. https://doi.org/10.1080/14764172.2018.1511909.

Zhu Y, Miao H, Zeng Q, Li B, Wang D, Yu X, Wu H, Chen Y, Guo P, Liu F. (2021). Prevalence of cleft lip and/or cleft palate in Guangdong province, China, 2015–2018: a spatio-temporal descriptive analysis. BMJ open. 11(8):046430. https://doi.org/10.1136/bmjopen-2020-046430.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Kethylin Nayari Macedo Pinto do Nascimento, Vinicius Silva Wroblewki, Eudécio Carvalho Neco, Ellyciane Maria Cândido Lacerda, Leyne Minelly Nazário de Oliveira, Marilia Ribeiro de Almeida Brito, Camila Bárbara Batista do Nascimento Santos, Camila Tavares, Marcelo de Lima Machado Spanazzi, Rayane Mirim Alves, Ewerthon Fábio cirilo Lima, Larissa Maria Monteiro de Albuquerque, Vinícius Azevedo Araújo de Andrade, Alan Rossi do Nascimento Maia, Dayane Barbosa Costa, Liliana Leal Lopes Rocha, Matheus Moschen Felix, Alyne Vasconcelos de Oliveira