Contextualizando a resistência antimicrobiana de Escherichia coli em animais para consumo humano: uma abordagem integrativa

Resumo

O aumento do consumo de alimentos cárneos impulsionou a pecuária a adotar tecnologias intensivas, como o uso de antimicrobianos, contudo, devido tamanho abuso e uso indiscriminado na produção animal, a resistência bacteriana, especialmente em Escherichia coli, ameaça a saúde humana. Estima-se um aumento de 67% no uso dessas drogas até 2030, com a resistência a antimicrobianos (RAM), sendo uma preocupação global, exigindo vigilância contínua e estratégias de controle. Medidas alternativas de manejo, como criação ao ar livre, mostraram-se eficazes. Este estudo aborda a relação entre o uso de antimicrobianos e a resistência bacteriana, visando orientar políticas de saúde pública. O presente trabalho realizou uma revisão integrativa da literatura sobre o impacto da resistência antimicrobiana de Escherichia coli em animais domésticos destinados ao consumo humano. Foram selecionados 9 artigos após a busca e seleção rigorosa, abrangendo estudos publicados nos últimos 8 anos. Os resultados destacaram a prevalência alarmante de resistência em diversas fontes, com ênfase em suínos. O uso de antimicrobianos foi identificado como um fator influente nesse processo, com classes como tetraciclina, sulfametoxazol e ampicilina sendo frequentemente associadas à resistência. A transferência horizontal de genes foi apontada como um mecanismo importante na disseminação da resistência, representando um risco significativo para a saúde pública, pois esses patógenos podem ser transmitidos pela cadeia alimentar. A resistência antimicrobiana em E. coli foi reconhecida como uma ameaça à saúde pública e à produção animal, exigindo medidas urgentes para controlar sua disseminação. Isso inclui a implementação de medidas de manejo mais cuidadosas, como redução do uso desnecessário de antibióticos, investimento em alternativas como probióticos e prebióticos, e melhoria das condições de higiene nas fazendas. Pesquisas contínuas, conscientização sobre o uso responsável de antibióticos e colaboração entre diferentes setores da sociedade são essenciais para enfrentar esse desafio e garantir a eficácia dos tratamentos antimicrobianos para as futuras gerações.