PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) - MECANISMOS MOLECULARES ASSOCIADOS AO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO, PROFILAXIA E TÉCNICAS PARA O DIAGNÓSTICO.
PDF

Palavras-chave

Papilomavírus
HPV
Câncer de colo de útero
Diagnóstico molecular

Como Citar

Rodrigues Lima , S., Cézar Gregório, P., & Cardozo Gasparin, C. (2024). PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) - MECANISMOS MOLECULARES ASSOCIADOS AO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO, PROFILAXIA E TÉCNICAS PARA O DIAGNÓSTICO. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(1), 2145–2163. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n1p2145-2163

Resumo

O Papilomavírus humano (HPV) pertence à família Papilomaviridae e demonstra uma grande variabilidade genética, havendo, atualmente, mais de 200 tipos virais. Dentre eles, alguns possuem uma forte associação com o câncer de colo de útero, terceiro tipo mais frequente em mulheres. Dada a relevância do assunto, o objetivo da pesquisa foi descrever a estrutura viral, classificações, doenças associadas à infecção, formas de detecção e prevenção. A partir de um levantamento de dados realizado em plataformas digitais (Pubmed e Scielo), sites governamentais e livros, verificou-se que há variantes do HPV classificadas como tendo “alto” ou “baixo potencial oncogênico”. Dentre os vírus considerados de alto risco oncogênico os mais frequentes são os genótipos 16 e 18, sendo possível destacar que combinações entre genótipos têm sido encontradas em cânceres de colo uterino. Acredita-se que a desregulação da expressão dos genes E6 e E7 estaria associada às manifestações do câncer. A neoplasia pré-maligna do colo de útero tem um impacto significativo na saúde pública e as alterações nas células e efeitos citopatológicos causados pelo HPV podem ser observados por meio do exame Papanicolaou, o qual é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, tem sido desenvolvido vários testes moleculares para a identificação do DNA viral, além de vacinas como instrumentos de profilaxia. Conclui-se, portanto, que há uma nítida associação entre infecções por HPV e vários tipos de câncer, sendo o que acomete o colo uterino o mais discutido e devido à problematização dele decorrente faz-se necessário cada vez mais um estudo aprofundado sobre o tema. Destaca-se ainda que a detecção precoce e a busca por assistência médica são essenciais para um bom prognóstico dessa neoplasia.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n1p2145-2163
PDF

Referências

ANVISA. REGISTRADA VACINA DO HPV CONTRA 9 SUBTIPOS DO VÍRUS. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2017/registrada-vacina-do-hpv-contra-9-subtipos-do-virus. Acesso em: 25 jan. 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde. Departamento de Atenção Básica. CONTROLE DOS CÂNCERES DO COLO DO ÚTERO E DE MAMA/MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE, DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. – 2 ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013.

BRUCE, A. et al. Biologia Molecular da Célula. Porto Alegre: 6 ed. ArtMed, 2017

BURD, E. M. Human papillomavirus and cervical cancer. Clin Microbial Rev, v. 16, n. 1, p. 1–17, 2003.

CHANTZIANTONIOU, N. et al. Inception and development of the papanicolaou stain method. Acta Cytol., v. 61, n. 4-5, p. 266-280, 2017.

CHRYSOSTOMOU, A. C. et al. Cervical cancer screeningprograms in Europe: The transition towards HPV vaccination and population-based HPV testing. Viruses, v. 10, n. 12, p. 729, 2018.

COSTA, T. M. L. et al. Human papillomavirus and risk factors for cervical adenocarcinoma in the state of Pernambuco, Brazil. Revista Brasileira de Saude Materno Infantil, v. 19, n. 3, p. 641–649, 2019.

DOORBAR, J. The papillomavirus life cycle. Journal of Clinical Virology, 2005.

DE VILLIERS, E. M.; FAUQUET, C.; BROKER, T. R.; BERNARD, H. U.; ZUR HAUSSEN H. Classification of papillomaviruses. Virology, v. 324, n. 1, p. 17–27, 2004.

FILHO, Geraldo B. BOGLIOLO – PATOLOGIA. Grupo GEN, 2021

FLORES, E. R.; LAMBERT, P. F. Evidence for a Switch in the Mode of Human Papillomavirus Type 16 DNA Replication during the Viral Life Cycle. Journal of Virology. v. 71, n. 10, p. 7167-7179, 1997.

HARRO, C. D. et al. Safety and Immunogenicity Trial in Adult Volunteers of a Human Papillomavirus 16 L1 Virus-Like Particle Vaccine. J. Natl Cancer Inst. v. 93, n. 4, p. 284-292, 2001.

HERRAEZ-HERNANDEZ, E.; PREDA, O.; ALONSO, S.; PARDO, R. S; OLMO, A. Detection and Genotyping of Human Papillomavirus DNA in Formalin-Fixed Paraffin-Embedded Specimens with the HPV Direct Flow CHIP System. Open Virol J. v. 7, p 91–95, 2013.

HEBNER, C. M.; LAIMINS, L. A. Human papillomaviruses: Basic mechanisms of pathogenesis and oncogenicity. Reviews in Medical Virology, v. 16, n. 2, p. 83–97, 2006.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER - INCA. Incidência. Disponível em: <https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-c ancer-do-colo-do-utero/dados-e-numeros/incidencia#:~:text=No%20Brasil%2C%20e xclu%C3%ADdos%20os%20tumores,mulheres%20(INCA%2C%202021)>. Acesso em: 25 jan. 2023a.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER - INCA. Conceito e Magnitude. Disponível em:

<https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-c ancer-do-colo-do-utero/conceito-e-magnitude>. Acesso em: 25 jan. 2023b.

INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA). HPV. Disponível em: <https://www.gov.br/inca/pt-br/acesso-a-informacao/perguntas-frequentes/hpv#:~:text =Dentre os HPV de alto,laríngeos%2C são considerados não oncogênicos>. Acesso em: 28 nov. 2022a.

INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA). No Brasil, excluídos os tumores de tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de

câncer mais incidente entre mulheres. Disponível em: <https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-c ancer-do-colo-do-utero/dados-e-numeros/incidencia#:~:text=No Brasil%2C excluídos os tumores,mulheres>. Acesso em: 26 nov. 2022b.

KLEIN, G. J.; WEINHOUSE, S. AVANÇOS NA PESQUISA DO CÂNCER. v. 33, 1 ed. Impressa Acadêmica: 1980.

KUBISTA, M. et al. The real-time polymerase chain reaction. Molecular Aspects of Medicine. v. 27, n. 2-3, p. 95-125, 2006.

LETO, M. DAS G. P. et al. Infecção pelo papilomavírus humano: Etiopatogenia, biologia molecular e manifestações clínicas. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 86, n. 2, p. 306–317, 2011.

LUVISARO, B. M. O. Determinantes E Impacto Da Vacina Contra O Hpv Na Mortalidade Por Câncer Do Colo Uterino No Brasil. Dissertação (Mestrado em Saúde da Mulher) - Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2018.

MINISTÉRIO DA SÁUDE. HPV. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hpv>. Acesso em: 10/08/2022

MÜNGER, K; HOWLEY, P. M. Human papillomavirus immortalization and trasnformations functions. Virus Research. v. 89, n. 2, p 213-228, 2002.

MUÑOZ, N. et al. Epidemiologic Classification of Human Papillomavirus Types Associated with Cervical Cancer. N Engl J Med. v. 348, n. 6, p.518-527, 2003.

NAKAGAWA, J.T.T.; SCHIRMER, J.; BARBIERI, M. Vírus HPV e câncer de colo de útero. Rev. Bras. Enferm. v. 63, n.2, p. 307-311, 2010

OTHMAN, A.; GOREAL, A.; PITY, I. Molecular Detection of Human Papillomaviruses in Formalin Fixed Paraffin Embedded Sections from Different Anogenital Lesions in Duhok-Iraq. Diagnostics, v. 12, n. 10, 2022.

PYEON, D.; LAMBERT, P. F.; AHLQUIST, P. Production of infectious human papillomavirus independently of viral replication and epithelial cell differentiation. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, v. 102, n. 26, p. 9311-9316, 2005.

RAMOS, E. A importância do teste de Captura Hibrida 2 no acompanhamento de pacientes tratadas por Lesão Intraepitelial cervical de alto grau. Orientadora: Conceição Maria Passos de Queiroz. 2013. Dissertação (Mestrado) – Patologia Humana. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. FACULDADE DE MEDICINA. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ-FIOCRUZ. CENTRO DE PESQUISAS GONÇALO MONIZ Curso de Pós-graduação em Patologia Humana DISSERTAÇÃO DE MESTRADO FIOCRUZ. Salvador, 2013. Disponível em: < https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/7137/Elenice%20Ramos.%20A%20 importancia%20do%20teste...2013.pdf;jsessionid=BBEFABEDF2AD41B1F968BEC7

C7AB402?sequence=1> Acesso em 12/06/2023

RODRIGUES A. D.; CANTARELLI, V. V.; FRANTZ, M. A.; PILGER, D. A.; PEREIRA, F. S. Comparação das técnicas de captura de híbridos e PCR para a detecção de HPV em amostras clínicas. J. Bras. Patol. Med. Lab., n. 6, v. 45, 2009.

SOUZA, D. R. S. et al. Relevance of apolipoprotein E4 for the lipid profile of Brazilian patients with coronary artery disease. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v. 40, n. 2, p. 189–197, 2007.

VIRALZONE. Papillomaviridae. 2010. Disponível em: <https://viralzone.expasy.org/5>. Acesso em: 28 nov. 2022.

VIRALZONE. Alternative splicing. 2012. Disponível em: <https://viralzone.expasy.org/1943>. Acesso em: 28 nov. 2022.

VITRO. Dna Flow Technology. Disponível em: <https://www.vitro.bio/Nac/Content/Documentos/en-EN/DNA/GDNA_EN.pdf> Acesso em: 10 jan. 2023.

VITRO. HybriSpot 12 PCR auto user manual. 2019. Disponível em: <https://www.vitro.bio/DocumentosNAVVitro/VIT/VIT-HS12A_28619_926_HS12A%20User%20Manual%20V2_EN.pdf> Acesso em: 24 Jun. 2022.

WHO Human papillomavirus vaccines: WHO position paper. 2017.

WHO. INTERNATIONAL AGENCY FOR RESEARCH ON CANCER IARC Monographs on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans. Human Papillomaviruses. v. 90. France, 2007.

YURTÇU, E. et al. Relationship between awareness of cervical cancer and HPV infection and attitudes towards HPV vaccine among women aged 15-49 years: a cross-sectional study. Sao Paulo Medical Journal, v. 140, n. 3, p. 349–355, 2022.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Suelen Rodrigues Lima , Paulo Cézar Gregório, Caroline Cardozo Gasparin