ANÁLISE DAS NOTIFICAÇÕES POR TRANSTORNOS DOS NERVOS, DAS RAÍZES E DOS PLEXOS NERVOSOS NO BRASIL: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO ENTRE 2017 E 2023
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Palavras-chave

Transtornos
Sistema Nervoso
Epidemiologia
Brasil

Como Citar

Walker, J. M., Almeida Gurgel do Amaral, A., Pedrosa Brandão, C., Santos Tavares, C., da Silva Oliveira, E., de Lima Cavalcante, M., Oranje Fernandes, P., de Carvalho Siqueira Alves, V., Dörner Vital de Brito , Y., Pinto Siqueira , I., Machado do Nascmento, Y., & Nascimento Pereira, E. (2024). ANÁLISE DAS NOTIFICAÇÕES POR TRANSTORNOS DOS NERVOS, DAS RAÍZES E DOS PLEXOS NERVOSOS NO BRASIL: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO ENTRE 2017 E 2023. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(10), 2608–2622. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p2608-2622

Resumo

Introdução: Há uma limitação nas análises epidemiológicas dos transtornos dos nervos, das raízes e dos plexos nervosos, sendo importante a análise da relação entre os fatores socioeconômicos e geográficos com a ocorrência das perturbações nervosas; Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das notificações por transtornos dos nervos, das raízes e dos plexos nervosos no Brasil entre os anos de 2017 e 2023; Metodologia: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo com abordagem quantitativa. Os dados pesquisados são provenientes do DATASUS. As variáveis utilizadas foram: “ano da notificação”, “região de notificação”, “faixa etária”, “sexo”, “raça” e “unidade da federação”; Resultados: A Região Nordeste apresentou a maior taxa de notificações. Por outro lado, as Regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram as menores taxas. Entre 2019 e 2020, as notificações no Brasil caíram quase pela metade. Com o fim da pandemia, observou-se um aumento acentuado nas notificações em 2022 e 2023. Os casos do sexo feminino foram de maior prevalência em todas as regiões. Observou-se que a raça com o maior número total de casos notificados é a branca. Ainda, indivíduos de 40 a 49 anos foram os mais afetados; Discussão: Sistemas de saúde mais desenvolvidos podem facilitar a detecção e a notificação de transtornos. Regiões ou estados com menos notificações podem estar relacionados à subnotificação. Vale ressaltar que o uso de medicamentos para o tratamento do coronavírus demonstrou ser fator de risco para o desenvolvimento dos transtornos. Ainda, a exposição a fatores socioeconômicos precários têm sido associados a uma maior incidência de transtornos neurológicos. O maior número de notificações em mulheres está relacionada a fatores hormonais, biológicos e comportamentais; Conclusão: Portanto, conclui-se a necessidade de desenvolvimento de estudos para analisar a relação entre os fatores socioeconômicos e ambientais e a prevalência das notificações, a fim de desenvolver estratégias direcionadas para enfrentar os desafios.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p2608-2622
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