Resumo
Introdução: Como a medicalização da morte entrou no cuidado paliativo e na vida do individuo como um todo, de seus familiares e de toda sua coletividade. Abrindo um novo olhar e um novo modo do cuidado.
Objetivo: entender como o cuidado paliativo inseriu a medicalização da morte em seu processo histórico, podendo assim modificar seus cenários e toda abordagem do processo de transformação do cuidado, ocorrido a partir da secularização. Visto como a perda da sagacidade e leigo, a categoria da expectativa de conhecer torna-se objeto de medicalização, adquirindo novos significados. Analise e discussão dos resultados:: Pode se dizer que a medicalização é um algo que tem se desde os séculos passados ate hoje, para todas as fases da vida. Colocando como um problema do processo de medicalização que não é recente, a medicalização já era inclusa na sociedade, sendo incluída no cuidado paliativo como relação à saúde e a construção de uma morte com dignidade, sendo que acalçaram o processo de desmedicalização da morte. Metodologia:tipo de revisão de artigo, haja vista que utilizou como base fontes secundarias para composição do artigo.Usamos como instrumento de coleta de dados por revisão bibliográficas. Com medicalização em ênfase no cuidado paliativo. Nesse passo utilizamos a abordagem qualitativa. Dessa froma pretende analisar pesquisas bibliográficas.
Conclusão: Sempre houve a medicalização ao longo dos séculos, mas se consolidou a partir do momento em que falamos de medicalização ao nos referir que algo se tornou médico, portanto alvo de um olhar clínico, que analisa, diagnostica e prescreve formas de tratar o problema, conhecido como hospitalocêntrico na atenção a saúde. O cuidado paliativo entrou como uma forma de ver a morte de modo diferente, não a ver como o fim e sim de encarar a morte com novos olhares em frente a um grande processo para a morte, assim observando um propósito melhor a qualidade de vida do individuo e suas possíveis possibilidades, sempre valorizando a sua vontade, como dito, no destaque recebido ao direito de autonomia individual, o que denota a preeminência de valores morais vigentes em cada contexto examinado. Pode até se dizer que o cuidado paliativo é o promotor da desmedicalização da morte.
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