Palavras-chave
alimentação de conforto
interdisciplinaridade
fonoaudiologia
nutrição
terapia ocupacional
psicologia
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Resumo
O processo de envelhecimento, embora marcado por experiências e narrativas singulares, pode ser profundamente afetado pela presença da demência — síndrome neurodegenerativa multifatorial que compromete progressivamente funções cognitivas, emocionais e comportamentais. Entre os inúmeros impactos da doença, destacam-se as alterações alimentares, que vão além das dificuldades motoras e deglutitórias, alcançando dimensões afetivas, sensoriais e relacionais. Neste contexto, emerge o conceito de alimentação de conforto, compreendida como uma estratégia que conjuga nutrição, memória, afeto e bem-estar. Este artigo, por meio de uma revisão integrativa da literatura, analisa as intersecções entre demência, alimentação e cuidado interdisciplinar, com ênfase na atuação de fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e psicólogos. A pesquisa foi conduzida em bases científicas como PubMed, SciELO e Google Scholar, considerando publicações dos últimos dez anos que abordam intervenções voltadas à alimentação em pacientes com demência. Os achados indicam que estratégias integradas promovem não apenas segurança alimentar, mas também qualidade de vida e manutenção da subjetividade dos pacientes. A proposta é reforçar uma abordagem humanizada, que respeite os sentidos simbólicos e afetivos do comer, mesmo diante da fragmentação cognitiva imposta pela doença.
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