Impacto da Sífilis Congênita no Desenvolvimento Oral: Consequências e Estratégias de Prevenção na Odontologia Pediátrica

Resumo

A  ocorrência  de  sífilis  congênita  em crianças apresentou um aumento  progressivo no Brasil nos últimos anos, como mostram os dados do último Boletim Epidemiológio divulgado pelo Ministério da Saúde. Os sintomas podem aparecer nas primeiras semanas de vida, e as manifestações orais podem servir como um indicativo diagnóstico significativo para o controle da doença. Diante disso, o presente estudo, por meio de uma revisão de literatura, tem como objetivo apresentar dados atuais do panorama de dados epidemiológicos de sífilis congênita em crianças no Brasil, os principais sinais orais e quais os impactos da doença no desenvolvimento oral em crianças infectadas. Para a busca e seleção dos estudos, foram utilizados os indexadores: Google Scholar e SciELO. Como seleção de busca dos artigos, utilizou-se termos como: “sífilis congênita”, sífilis congênita manifestações orais”, “sífilis congênita crianças”, manifestações orais sífilis congênita criança”, “"oral congenital syphilis”, “congenital syphilis pediatrics”. Como critérios de exclusão, foram excluídos artigos com mais de 20 anos de publicação ou que não se encaixavam dentro do escopo da pesquisa. Portanto, percebe-se por meio da literatura que a doença pode provocar sérios danos no desenvolvimento do feto e da criança. Os sintomas orais em crianças com a doença podem apresentar anormalidade da face e dos dentes, distúrbios neurológicos, obstrução nasal, úlceras, malformações craniofaciais com a ocorrência de protuberância frontal, nariz em forma de sela, dentes hipoplásticos, malformações bucais. Essas alterações comprometem o desenvolvimento correto dos dentes, e em casos mais graves, pode levar a óbito fetos, neonatos e crianças. Assim, o cirurgião dentista é de suma importância no diagnóstico da doença e dos sinais clínicos, para conduzir a uma melhor escolha do tratamento adequado ao paciente.