Implantes Zigomáticos: uma abordagem para a reabilitação de maxilas atróficas

Resumo

A reabilitação de pacientes com maxilas atróficas sempre representou um desafio na odontologia, especialmente nos casos em que os enxertos ósseos não são viáveis ou apresentam riscos. Com os avanços na osseointegração e no uso do titânio, os implantes zigomáticos surgiram como uma alternativa eficaz aos métodos convencionais, permitindo a fixação dos implantes diretamente no osso zigomático, uma estrutura densa e resistente, o que elimina a necessidade de enxertos e reduz significativamente o tempo, os custos e a complexidade do tratamento. O objetivo deste trabalho é analisar a viabilidade do uso de implantes fixados no osso zigomático, evitando a necessidade de enxertos ósseos. Além disso, o estudo busca compreender a praticabilidade dos implantes zigomáticos como alternativa para a reabilitação de pacientes com maxilas atróficas. A metodologia adotada foi qualitativa, com abordagem descritiva e narrativa, explorando o processo de fixação dos implantes zigomáticos em pacientes com perda óssea maxilar significativa, as indicações mais frequentes e as complicações observadas. A pesquisa foi realizada nas plataformas PubMed e Scielo, utilizando palavras-chave como atrophic maxilla, zygomatic implants, bone graft, edentulous maxilla e outras. Foram excluídas publicações com mais de 15 anos, considerando apenas artigos a partir de 2010. Inicialmente indicada para pacientes com grandes perdas ósseas decorrentes de traumas ou cirurgias oncológicas, a técnica foi sendo aprimorada e, atualmente, pode ser aplicada em diversos quadros clínicos, inclusive com a possibilidade de carga imediata. A introdução da abordagem ZAGA (Zygomatic Anatomy-Guided Approach) proporcionou maior previsibilidade ao procedimento, permitindo adaptação à anatomia do paciente e minimizando complicações como fístulas oroantrais ou sinusites. Apesar de possíveis intercorrências, os resultados clínicos têm demonstrado elevadas taxas de sucesso e satisfação dos pacientes. Dessa forma, os implantes zigomáticos se consolidaram como uma solução segura, funcional e estética na reabilitação de maxilas atróficas.