Resumo
Introdução: A prevenção e o tratamento dessas lesões exigem uma abordagem multiprofissional que envolva médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas, mas são dificultados por desafios como falta de treinamento, sobrecarga de trabalho e escassez de recursos, o que compromete a eficácia das intervenções. Este cenário destaca a necessidade urgente de estratégias mais eficazes para o manejo das LPP em idosos. Objetivo: Identificar os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde no manejo e tratamento das LPP em idosos que vivem em instituições, como lares de idosos ou hospitais. Metodologia: Revisão sistemática realizado de novembro de 2024 a abril de 2025, seguindo as etapas do PRISMA (2015) e do Instituto Joanna Briggs (2022), a pesquisa incluiu a formulação de uma questão de pesquisa com a estratégia PICO, busca em bases como PubMed e Scopus, seleção rigorosa dos estudos, extração e organização dos dados com a ferramenta Rayyan, e síntese dos resultados. Foram incluídos estudos publicados nos últimos cinco anos sobre lesões por pressão em idosos hospitalizados, excluindo estudos fora dos critérios de inclusão. A análise utilizou fluxogramas e quadros para categorizar e comparar as evidências. Resultados e Discussão: 8 estudos foram selecionados e incluídos na revisão, atendendo aos critérios de elegibilidade e qualidade. Obstáculos como falta de tempo, recursos limitados, e lacunas no conhecimento dos profissionais de saúde dificultam a implementação eficaz dessas práticas, especialmente em serviços públicos. Fatores como comorbidades, internações prolongadas e dependência funcional aumentam o risco de LPP, e a escassez de materiais, como colchões adequados e curativos modernos, agrava a situação. A revisão sugere a adoção de cuidados individualizados, fortalecimento da formação contínua dos profissionais, disponibilização de recursos e implementação de tecnologias inovadoras para melhorar a prevenção e o manejo das LPP, promovendo um cuidado mais seguro e eficaz para os idosos institucionalizados. Conclusão: Embora existam ferramentas como a escala de Braden e medidas preventivas, sua aplicação ainda é falha, especialmente em ambientes públicos. Fatores como imobilidade e comorbidades aumentam o risco de LPP em idosos. A pesquisa destaca a necessidade de capacitação profissional, recursos adequados e uma abordagem multidisciplinar com uso de tecnologias para melhorar a prevenção e o cuidado.
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