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Resumo
A síndrome pós-COVID-19 tem sido amplamente estudada devido aos seus impactos sistêmicos, especialmente no sistema cardiovascular. Evidências sugerem que a infecção pelo SARS-CoV-2 pode desencadear um estado de inflamação crônica persistente, aumentando o risco de eventos cardiovasculares adversos em pacientes recuperados. Entre os principais mecanismos envolvidos estão a disfunção endotelial, hipercoagulabilidade e resposta inflamatória exacerbada, fatores que contribuem para um aumento na incidência de doenças cardiovasculares em indivíduos previamente saudáveis e na piora de condições preexistentes. Este estudo tem como objetivo analisar a relação entre a síndrome pós-COVID-19 e o risco cardiovascular, destacando os efeitos da inflamação crônica no sistema vascular e suas possíveis consequências a longo prazo. Para isso, foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizando as bases de dados PubMed, SCIELO, Medline, Lilacs, Cochrane Library e Google Scholar, incluindo estudos publicados nos últimos 10 anos. Dos 45 artigos inicialmente identificados, 17 foram selecionados por atenderem aos critérios de elegibilidade. Os achados reforçam que a COVID-19 não se limita à fase aguda da infecção, apresentando repercussões cardiovasculares prolongadas. Foram identificadas associações entre inflamação sistêmica persistente e aumento do risco de hipertensão, insuficiência cardíaca e trombose, ressaltando a necessidade de monitoramento contínuo e estratégias preventivas para reduzir o impacto da doença a longo prazo. O estudo destaca ainda a importância de abordagens multidisciplinares, incluindo acompanhamento cardiológico regular e medidas de controle inflamatório, para mitigar os riscos cardiovasculares em pacientes pós-COVID-19.
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