ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÕES POR HEMORRAGIA PÓS-PARTO NO BRASIL DE 2018 A 2023
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Palavras-chave

Hemorragia Pós-Parto
HPP
INTERNAÇÕES
análise
perfil epidemiológico
Brasil

Como Citar

TOFOLI DE MIRANDA SILVA, lara, Spalenza Côgo, victória, Alberto Carneiro Araujo, P., Massariol Bottan , P., Formigoni Binda, L., dos Santos Zanette , B., dos Santos Bertoldi, C., de Castro Loss, V., Ferreira Ohnesorge, S., Passamani Loss Favarato, E., Castro de Oliveira, I., & Passamani Loss Favarato, L. (2025). ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÕES POR HEMORRAGIA PÓS-PARTO NO BRASIL DE 2018 A 2023. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 7(2), 2339–2351. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n2p2339-2351

Resumo

INTRODUÇÃO: A hemorragia pós-parto (HPP) é considerada uma emergência obstétrica. Ela ocorre quando as pacientes apresentam sangramento maior do que o esperado nas primeiras 24 horas após o parto, que resulta em sinais e sintomas de hipovolemia. Acredita-se que existem fatores de riscos relacionados com a morbidade e mortalidade das puérperas por conta da HPP, dentre eles destacam-se: história de HPP prévia, nuliparidade, gestações múltiplas ou macrossomia fetal, anomalias placentárias, entre outros. OBJETIVO: avaliar o perfil epidemiológico das internações por Hemorragia pós-parto no período de 2018 a 2023. MÉTODOS: Trata-se de um estudo ecológico, realizado a partir da coleta de dados pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponibilizado pelo banco de dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (TABNET/DATASUS). A partir deles, foram realizadas análises estatísticas descritivas a partir das seguintes variáveis sociodemográficas: Região, número de óbitos, cor/raça e idade. RESULTADOS: Os resultados mostraram que as regiões que predominam as internações são: a Região Sudeste com 6.492 internações, (40,4%) e Nordeste; De acordo com a cor/raça há maior prevalência em internações nas mulheres Brancas, a raça com menor índice de hospitalização é a indígena. Em  relação a idade o número maior de internações foi nas mulheres jovens no período reprodutivo, principalmente dos 20 aos 29 anos, com 7.401 internações (46%). DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: Por meio dos dados obtidos é possível concluir que as internações foram mais prevalentes na Região Sudeste, seguida pela região Nordeste. O estudo também observou um maior número de internações nas mulheres mais jovens, na faixa etária de 20-29 anos, podendo ser explicada pela idade fértil e a proporção de gestações que ocorrem nessa faixa etária. De acordo com a cor/raça, podemos analisar uma dominância das internações na etnia Parda. Pontua-se que outras análises são necessárias para confirmação das tendências dos dados obtidos por esse estudo.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n2p2339-2351
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