Resumo
O carcinoma basocelular (CBC) é o câncer de pele mais comum no mundo, correspondendo a 80% dos casos de câncer cutâneo não melanoma. Ele é causado principalmente pela exposição crônica à radiação ultravioleta (UV), com maior prevalência em indivíduos de pele clara e sensível ao sol. Além disso, outros fatores de risco incluem predisposição genética, imunossupressão e exposição a substâncias químicas. A desregulação da via de sinalização Hedgehog é central no desenvolvimento do CBC, sendo associada a mutações nos genes PTCH1 e SMO, o que resulta na proliferação descontrolada de células basais. Terapias-alvo como o vismodegib e o sonidegib têm mostrado eficácia em casos avançados e metastáticos, mas apresentam limitações devido à toxicidade e resistência. A cirurgia de Mohs permanece como o padrão-ouro para o tratamento de CBC localizado, oferecendo altas taxas de cura e preservação tecidual. Outras opções terapêuticas, como a terapia fotodinâmica, crioterapia e o uso de imunomoduladores como o imiquimode, também têm sido empregadas, especialmente para lesões superficiais. No entanto, o diagnóstico precoce e a prevenção são cruciais para o manejo efetivo do CBC. Aderência a medidas preventivas, como o uso de protetor solar e triagem regular, ainda é baixa, destacando a necessidade de campanhas educacionais mais eficazes. O impacto psicológico do diagnóstico de CBC, especialmente devido à recorrência de múltiplas lesões, requer atenção especial, e o apoio multidisciplinar pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A análise de biomarcadores e as novas técnicas de imagem têm potencial para melhorar o diagnóstico precoce. Por fim, a revisão da literatura sugere que futuros estudos devem focar em combinar terapias moleculares e abordagens cirúrgicas, além de expandir a pesquisa sobre a biologia molecular do CBC em populações de diferentes etnias.
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