Perspectivas Médicas sobre Carcinomatose Peritoneal: Avanços Terapêuticos e Prognóstico
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Palavras-chave

Carcinomatose Peritoneal
Cirurgia Citorredutora
Quimioterapia
Intraperitoneal Hipertérmica
; Imunoterapia
Terapias-alvo

Como Citar

Dias, M. B., Porto Inácio, J., Cristovam Pina, G., Quinan Bittar Nunes, N., Souza Longhi , L., Wascheck, L. D. S., Messias Castro, A., Afonso Da Silva Júnior, N., Martins Flores , L., Maciel Guimarães , M., Michel Dos Anjos Silva, P., Pereira Da Silva , R., Maranhão , M. M., Ribeiro, V. L., Costa , L. G. D., Oliveira , L. F. D., Barbosa , C. F., Paula, T. D. A., & Abbes, M. M. (2024). Perspectivas Médicas sobre Carcinomatose Peritoneal: Avanços Terapêuticos e Prognóstico. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(8), 4299–4308. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n8p4299-4308

Resumo

A carcinomatose peritoneal (CP) é uma condição oncológica caracterizada pela disseminação de células tumorais na cavidade peritoneal, frequentemente associada a neoplasias gastrointestinais, como câncer colorretal, gástrico e de ovário. Historicamente, a CP apresentava um prognóstico extremamente desfavorável, sendo tratada principalmente com quimioterapia sistêmica paliativa, cujo sucesso era limitado devido à barreira peritoneal, que dificultava a penetração dos agentes quimioterápicos. O objetivo deste estudo foi analisar criticamente as práticas e os avanços no tratamento da carcinomatose peritoneal, com foco nas intervenções combinadas de cirurgia citorredutora (CRS) e quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC), além de avaliar o papel emergente da imunoterapia e das terapias-alvo na melhoria da sobrevida e qualidade de vida dos pacientes. Este estudo utilizou uma revisão narrativa da literatura, analisando artigos científicos publicados entre 2000 e 2024 nas bases de dados PubMed, Scopus e ScienceDirect. Os resultados indicam que a combinação de CRS e HIPEC tornou-se o padrão-ouro no tratamento da CP, especialmente em casos de tumores gastrointestinais e ginecológicos. Estudos mostraram que essa abordagem pode prolongar significativamente a sobrevida dos pacientes. A adição da imunoterapia e das terapias-alvo, que oferecem uma abordagem mais personalizada, mostrou-se promissora ao aumentar a eficácia do tratamento e reduzir a resistência ao mesmo. Contudo, desafios como a resistência ao tratamento e a toxicidade permanecem, destacando a necessidade contínua de pesquisas e o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. O tratamento da CP evoluiu significativamente com a introdução de CRS e HIPEC, que melhoraram as taxas de sobrevida em casos selecionados. O futuro do manejo da CP dependerá do desenvolvimento contínuo de novas terapias e da capacidade de adaptar essas abordagens às necessidades específicas de cada paciente, visando maximizar os benefícios clínicos e melhorar a qualidade de vida.

 

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n8p4299-4308
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Copyright (c) 2024 Mândala Borges Dias, Jordanna Porto Inácio, Guilherme Cristovam Pina, Natália Quinan Bittar Nunes, Luciano Souza Longhi , Analou Messias Castro, Nilson Afonso Da Silva Júnior, Larissa Martins Flores , Mônica Maciel Guimarães , Patrik Michel Dos Anjos Silva, Raquel Pereira Da Silva , Matheus Mendes Maranhão , Vitor Linhares Ribeiro, Letícia Gonçalves Da Costa , Leonardo Ferreira De Oliveira , Camila Freitas Barbosa , Thais De Andrade Paula, Marcela Marques Abbes

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