EFEITO DOS AGENTES UMIDIFICADORES NA MANIPULAÇÃO DE RESINA COMPOSTA: revisão integrativa

Resumo

As resinas compostas se destacam pela combinação de estética, resistência mecânica e versatilidade clínica. Entretanto, sua elevada viscosidade pode dificultar a inserção e escultura, levando ao uso crescente de agentes umidificadores ou líquidos modeladores, desenvolvidos para facilitar a manipulação e inserção, melhorar a adaptação marginal e reduzir a aderência da resina aos instrumentos. Apesar de sua aplicação rotineira, persiste a incerteza quanto aos efeitos desses agentes sobre as propriedades mecânicas, ópticas e a longevidade das restaurações. O objetivo deste estudo foi avaliar, por meio de revisão integrativa, os impactos dos agentes umidificadores no manuseio de resinas compostas e em suas propriedades. Foi realizado seguindo as diretrizes PRISMA, utilizando a estratégia PICO para formulação da pergunta de pesquisa. A busca foi conduzida nas bases PUBMED/MEDLINE, Scielo e EBSCO, incluindo artigos publicados nos últimos 10 anos. Foram considerados estudos in vitro, revisões de literatura e pesquisas clínicas que investigaram o uso de diferentes agentes umidificadores na manipulação de resinas compostas. Embora alguns estudos demonstrem vantagens funcionais e estéticas, outros alertam para impactos negativos que podem comprometer a durabilidade da restauração. A ausência de consenso na literatura reforça a necessidade de mais pesquisas, especialmente estudos clínicos de longo prazo. O uso de agentes umidificadores pode otimizar a manuseabilidade das resinas compostas, mas deve ser adotado com cautela, considerando possíveis alterações nas propriedades do material. A decisão clínica deve se basear em evidências científicas atualizadas e na avaliação individual de cada caso, visando preservar a qualidade estética e a longevidade da restauração.