Resumo
Objetivo: Discutir por meio das evidências cientificas acerca dos desafios e tratamento da depressão. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura de caráter qualitativo. A busca dos trabalhos envolvidos na pesquisa foi realizada nas seguintes bases de dados: SCIELO, LILACS, BDENF e MEDLINE, a partir dos descritores em ciências da saúde: "Depressão", "Desafios" e "Tratamento". Os critérios de inclusão foram: publicados no período entre 2014 e 2024, cujo acesso ao periódico era livre aos textos completos, artigos em idioma português, inglês e espanhol e relacionados a temática. Critérios de exclusão foram: artigos duplicados, incompletos, resumos, resenhas, debates, artigos publicados em anais de eventos e indisponíveis na íntegra. Resultados: A revisão revelou desafios significativos no tratamento da depressão, especialmente o impacto dos estigmas associados à condição. O estigma ainda é uma barreira substancial, afetando a percepção pública e a autoestima dos pacientes, o que frequentemente resulta em baixa adesão ao tratamento. Embora existam avanços nos métodos terapêuticos, a eficácia dos tratamentos pode ser comprometida pela resistência dos pacientes, influenciada tanto pelos efeitos colaterais dos medicamentos quanto pela falta de apoio psicossocial adequado. Conclusão: A depressão apresenta desafios multifacetados que requerem uma abordagem abrangente. A revisão evidenciou que, além dos avanços farmacológicos, é essencial enfrentar o estigma associado à depressão e promover a adesão ao tratamento por meio de suporte psicossocial contínuo e intervenções personalizadas. Programas de reabilitação e intervenções precoces são cruciais para melhorar os resultados a longo prazo. Para um tratamento mais eficaz da depressão, é necessário um sistema de saúde integrado que combine tratamento médico com apoio psicossocial, garantindo uma abordagem completa e centrada no paciente.
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