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Resumo
A significativa carga do câncer do colo do útero no Brasil, associada principalmente à infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), transmitido sexualmente. Estratégias de prevenção e detecção precoce, como a vacinação contra o HPV e o exame de Papanicolaou, são fundamentais para reduzir a incidência e mortalidade dessa neoplasia. A vacinação contra o HPV, embora disponível pelo SUS desde 2014, enfrenta desafios na cobertura ideal, especialmente entre adolescentes e jovens, devido a problemas como a descontinuidade vacinal e desinformação. A necessidade de explorar e abordar fatores socioeconômicos e estruturais que afetam a adesão às práticas preventivas é crucial para desenvolver estratégias que promovam equidade no acesso aos serviços de saúde e melhorem os resultados de saúde para todas as mulheres no Brasil. OBJETIVOS: Relatar a importância da Educação em Saúde na Promoção do Exame Papanicolau, destacando as barreiras culturais e psicossociais. METODOLOGIA: O estudo consistiu em uma Revisão Bibliográfica realizada de dezembro de 2023 a junho de 2024, utilizando a base de dados Lilacs. Foram selecionados 16 estudos que atenderam aos critérios de inclusão: artigos nos idiomas Português, Inglês, Espanhol e Francês, publicados entre 2003 e 2024. RESULTADOS: Os resultados destacam que, apesar dos esforços de prevenção, o câncer do colo do útero (CCU) continua sendo uma preocupação significativa no Brasil, com altos números de casos novos e óbitos anuais. A pesquisa identificou um possível super- rastreamento entre mulheres, iniciado antes da idade recomendada, o que pode sobrecarregar o sistema de saúde. Além disso, há disparidades regionais na realização do exame Papanicolau, com coberturas mais altas em áreas urbanas e entre mulheres com maior nível educacional. A baixa adesão ao rastreamento é influenciada por múltiplos fatores socioeconômicos, culturais e educacionais, sublinhando a necessidade urgente de estratégias educacionais e políticas públicas que promovam equidade no acesso aos serviços de saúde preventiva para todas as mulheres no país. CONCLUSÃO: Ressalta-se as disparidades persistentes no acesso e adesão ao rastreamento entre mulheres brasileiras, influenciadas por fatores educacionais, socioeconômicos, geográficos e experiências prévias no sistema de saúde. Para enfrentar esses desafios, é crucial investir em educação em saúde dirigida a grupos vulneráveis, fortalecer a Atenção Primária à Saúde e promover políticas que garantam acesso equitativo aos serviços preventivos, visando reduzir as desigualdades e melhorar os resultados de saúde das mulheres no Brasil.
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