ACESSO LIMITADO, VIDAS EM RISCO: O IMPACTO DA DESIGUALDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE SOBRE A INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA NAS REGIÕES MAIS POBRES DO BRASIL
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Keywords

Injúria Renal Aguda
Desigualdades Regionais
Saúde Pública
Epidemiologia

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Airam de Pinho, L., Coimbra Rocha, A. G., Moura Wehmuth Sampaio, P. E., Lages Santos, M. C., Medeiros Max, L. J., Martins de Lima, G. C., Araújo Silva, F., Guimarães Cortez Lima, J. P., Barbosa de Araújo Borges, V., Coelho Soares, P. H., Duarte Silva, L., Moura Sousa Silva, M. L., Vieira Da Silva Neto, A., Viana de Oliveira, M. V., & Gonçalves Fontenele Gomes, M. G. (2024). ACESSO LIMITADO, VIDAS EM RISCO: O IMPACTO DA DESIGUALDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE SOBRE A INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA NAS REGIÕES MAIS POBRES DO BRASIL . Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(11), 510–524. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n11p510-524

Abstract

A injúria renal aguda (IRA) é uma condição marcada por perda rápida e potencialmente reversível da função renal, levando ao acúmulo de resíduos metabólicos e distúrbios eletrolíticos, o que pode aumentar significativamente a mortalidade e a morbidade. No Brasil, as desigualdades no acesso aos serviços de saúde têm agravado o impacto da IRA, especialmente nas regiões mais pobres, onde a infraestrutura limitada e a falta de recursos adequados pioram as condições dos pacientes. A condição afeta principalmente grupos vulneráveis, como neonatos com asfixia perinatal, recém-nascidos submetidos a cirurgia cardíaca e prematuros extremos. Nas regiões mais desfavorecidas do Brasil, como o Norte e o Nordeste, a prevalência de causas evitáveis de IRA, como infecções e choque hipovolêmico, é maior devido à escassez de cuidados primários e de infraestrutura hospitalar. Em contraste, nas áreas mais ricas, o acesso a cuidados avançados permite uma abordagem mais eficaz para o manejo de lesões renais. A falta de acesso a serviços de saúde de qualidade também compromete a detecção precoce e a prevenção da IRA, resultando em desfechos clínicos adversos. Estratégias eficazes de manejo, como controle hemodinâmico, administração de fluidos e prevenção de novas lesões renais, muitas vezes não são viáveis em áreas carentes, onde faltam profissionais capacitados e equipamentos adequados. Em alguns casos, a ausência de suporte para terapias renais substitutivas em hospitais regionais contribui para maior mortalidade entre pacientes mais pobres. Iniciativas de saúde pública voltadas para a prevenção e detecção precoce da IRA enfrentam limitações em regiões desfavorecidas, onde a desigualdade nos serviços de saúde continua a impactar negativamente a população.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n11p510-524
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