Perfil epidemiológico de nascidos vivos com cardiopatia congênita nas regiões brasileiras
PDF

Palavras-chave

Cardiopatia congênta, Nascidos Vivos, Regiões, Brasil.

Como Citar

Barros, E. B., Yamada, L. S., Paiva, A. de O., Soares , A. E. R., Albuquerque, M. de A., Souza, G. C. de, Cavalcante, Y. C., Palumbo , R., Rego, T. E. do, & Rocha , G. B. de S. (2023). Perfil epidemiológico de nascidos vivos com cardiopatia congênita nas regiões brasileiras. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 5(5), 2316–2328. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n5p2316-2328

Resumo

Objetivo: Realizar estudo epidemiológico descritivo acerca dos casos notificados de nascidos vivos com Cardiopatia Congênita;

Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, no qual será analisado o perfil epidemiológico dos casos notificados de nascidos vivos com cardiopatia congênita no Brasil, a partir de dados coletados no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), no período  de  2012  a  2021 disponível  no  Departamento  de  Informática  do  Sistema  Único  de  Saúde (DATASUS). Além de uma pesquisa realizada realizada por BVS e PUBMED através dos unitermos “Cardiopatia congênta, Nascidos Vivos, Regiões, Brasil”.

Resultados: No período de 2012 a 2021, no Brasil, foram registrados 28.789.402 nascidos vivos, em que as crianças com CC corresponderam a 0,000875% (n = 25.212). A região Sudeste registrou o maior número de casos, com 67,8% (n = 17.112), enquanto a região Norte obteve a menor prevalência, com 3,08% (n = 777). Em relação aos tipos de partos, 71% cesária (n = 17.902), 28,87% vaginais (n = 7.281) e 0,11% não identificados (n = 29). É importante ressaltar que entre os nascidos vivos, 10,6% (n = 3.057.372) são prematuros, enquanto que 27, 44% (n=6.920) dos nascidos vivos com CC são prematuros. Considerando o sexo, houve prevalência do sexo masculino, sendo 52,09% (n = 13.134), 47,35% do sexo feminino (n = 11.939) e 0,55% não identificados (n = 139). A idade da progenitora no momento do parto que sobressaiu foi entre 30 e 34 anos, com 23,65% (n = 5.964) dos casos. A cor/raça prevalente entre as crianças com CC de maior prevalência foi a branca tendo 51,71% (n = 13.039).

Conclusão: Há maior prevalência de nascidos vivos com cardiopatias congênitas na região Sudeste, bem como do sexo masculino e da cor/raça branca. A prematuridade mostrou-se maior nos cardiopatas do que nos restantes dos nascidos vivos, a idade da mãe mais prevalente foi entre 30 e 34 anos, em que o parto cesariano predominou.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n5p2316-2328
PDF

Referências

- Valentín R A. Cardiopatías congénitas en edad pediátrica, aspectos clínicos y epidemiológicos. Rev Med Electro 2018; 40(4): 1083-1099. Url: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-961282

- Saxena A. Doença cardíaca congênita na Índia: um relatório de status. Pediatra Indiano. 2018; 55: 1075–82. Url: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/sea-79192;

- Baldacci S, Gorini F, Minichilli F, Pierini A, Santoro M, Bianchi F. Rassegna degli studi epidemiologici su fattori di rischio individuali e ambientali nell’eziologia dei difetti cardiaci congeniti. Epidemiol Prev. 2016; 40 (3-4): 185-196. Url: https://l1nq.com/UFgRj.

- Sun R, Liu M, Lu L, Zheng Y, Zhang P. Congenital heart disease: causes, diagnosis, symptoms, and treatments.Cell Bioch Bioph. 2015; 72: 857-860. Url: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25638345/.

- Wolf M, Craig T. B. The molecular genetics of congenital heart disease: a review of recent developments. Cur Op Card. 2010; 25(3): 192. Url: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2930935/.

- Fahed Akl C, Gelb B D, Seidman J G, Seidman C F. Genetics of congenital heart disease: the glass half empty. Circ Res. 2013; 112(4): 707-720. Url: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23410880/.

- Data and statistics on congenital heart defects. Centers for Disease Control and Prevention; 2022 [cited 2023 Jun 10]. Available from: https://www.cdc.gov/ncbddd/heartdefects/data.html

- Brasil, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS [citado 2023 Mai 20]. Disponível em http://www.datasus.gov.br

– Liu Y, Chen S, Zühlke L, Black GC, Choy MK, Li N, Keavney BD. Global birth prevalence of congenital heart defects 1970-2017: updated systematic review and meta-analysis of 260 studies. Int J Epidemiol. 2019; 48(2):455-463. Url: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30783674/.

- Van D L D, Konings E. E, Slager M. A, Witsenburg M, Helbing W. A, Takkenberg J. J, et al. Birth prevalence of congenital heart disease worldwide: a systematic review and meta-analysis. J A Coll Card. 2011; 58(21): 2241-2247. Url: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22078432/.

- Nembhard WN, Salemi JL, Ethen MK, Fixador DE, Dimaggio A, Canfield MA. Disparidades raciais/étnicas no risco de mortalidade na primeira infância entre crianças com defeitos cardíacos congênitos. Pediatri. 2011; 127(5).

- Bhat NK, Dhar M, Kumar R, Patel A, Rawat A, Kalra BP. Prevalence and pattern of congenital heart disease in Uttarakhand, India. Ind J Pediatri. 2013; 80: 281-285. Url: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22492349/.

- Pace ND, Oster ME, Forestieri NE, Enright D, Knight J, Meyer RE. Sociodemographic Factors and Survival of Infants With Congenital Heart Defects. Pediatri. 2018; 42(3). Url: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30111552/.

- Zloto K, Hochberg A, Tenenbaum-Gavish K, Berezowsky A, Barbash-Hazan S, Bardin R, et al. Fetal congenital heart disease-mode of delivery and obstetrical complications. BMC Preg Child. 2022; 22(1), 578. Url: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35854228/

- Liu C, Lodge J, Flatley C, Gooi A, Ward C, Eagleson K, et al. Obstetric and perinatal outcomes in pregnancies with isolated foetal congenital heart abnormalities.J Maternal-Fetal Neo Med. 2019; 32(18): 2985-2992. Url: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29544375/.

- Palma A, Morais S, Silva PV, Pires A. Congenital heart defects and preterm birth: Outcomes from a referral center. Rev Port Cardiol. 2023; 42(5): 403-410. Url: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36828187/

- Liu S, Joseph KS, Lisonkova S, Rouleau J, Van den Hof M, Sauve R, et al. Association between maternal chronic conditions and congenital heart defects: a population-based cohort study. Can Peri Surv S. 2013; 128(6):583-9. Url: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23812182/.

- Josefsson A, Kernell K, Nielsen NE, Bladh M, Sydsjö G. Reproductive patterns and pregnancy outcomes in women with congenital heart disease: a Swedish population-based study. Acta Obstet Gynecol Scand. 2011;90(6):659-65. Url: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21314820/

- Wang Y, Liu G, Canfield MA. Rede Nacional de Prevenção de Defeitos Congênitos.Diferenças raciais/étnicas na sobrevivência de crianças dos Estados Unidos com defeitos congênitos: um estudo de base populacional. J Pediatr. 2015; 166(4):819–826.e1–e2

- Pei, L., Kang, Y., Zhao, Y., & Yan, H. Prevalence and risk factors of congenital heart defects among live births: a population-based cross-sectional survey in Shaanxi province, Northwestern China. BMC Pediatr. 2017; 17(1), 1-8.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Eliab Batista Barros, Luciana Shiguem Yamada, André de Oliveira Paiva, Alícia Eduarda Rios Soares , Mateus de Araujo Albuquerque, Guilherme Carvalho de Souza, Yves Cardoso Cavalcante, Rafaella Palumbo , Tiago Esteves do Rego, Gabriela Barbosa de Sá Rocha