Resumo
O presente artigo tem como objetivo relatar a experiência pessoal da tripulação da Unidade Terapia Intensiva Móvel – UTI, de uma empresa particular, na região centro oeste do estado de Minas Gerais. O método usado é o relato de experiência vividos nos últimos 15 meses. Foi percebido, que muitas vezes o índice de massa corpórea- IMC, ao longo das solicitações de remoções em pacientes em uso de tubo orotraqueal em pacientes obesos não foi priorizado, pois a maioria de ventiladores dis- poníveis no mercado não ventilam pacientes em obesidade mórbida, gerando um risco de barotrauma na ventilação bolsa-máscara-válvula. O que gerou na instituição, um novo protocolo de assistência e recebimento pelo atendente quando se trata de paciente intubado. Pois se tratando de um ambiente de Unidade de Terapia Intensiva (UTI-móvel) necessita de inúmeras ações de prevenção, estabilização e promoção em saúde do indivíduo a ser transportado. Trata-se de um veículo de grande vulnerabili- dade para os pacientes em trânsito e para a tripulação do carro. O artigo leva a reflexão sobre o tema, ocasionado a oportunidade de se ter uma visão mais ampla quando se trata de transportar um paciente em obesidade. Apesar de ser uma assistência muito específica e qualificada, a importância da divul- gação da informação poderá trazer o despertar a comunidade em geral, pois qualquer ser humano poderá um dia necessitar desses cuidados e desse tipo de transporte. Dentre as formas de prevenção de complicações do transporte, as medidas tomadas passam melhorando a comunicação da saída da equipe na base de apoio até o recebimento do paciente no leito especializado de melhor suporte.
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