Resumo
O presente estudo aborda os riscos associados à exposição desnecessária à radiação ionizante em pacientes pediátricos, com foco especial na prática odontológica. Por meio de uma revisão de literatura, foram analisadas as principais fontes de radiação utilizadas em crianças, como radiografias intraorais, panorâmicas, telerradiografias e tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC). Devido à maior radiossensibilidade dos tecidos infantis e à longa expectativa de vida, os efeitos adversos, tanto imediatos quanto tardios, como mutações e câncer, tornam-se mais relevantes nessa população. O trabalho destaca a importância da aplicação do princípio ALARA (As Low As Reasonably Achievable), reforçando a necessidade de exames justificados, utilização de tecnologias apropriadas e capacitação profissional. Conclui-se que a proteção radiológica em crianças deve ser uma prioridade ética e clínica, buscando sempre minimizar os riscos sem comprometer a eficácia diagnóstica.
Referências
Lacerda MAS, Silva TA, Khoury HJ, et al. Riscos dos exames radiográficos em recém-nascidos internados em um hospital público de Belo Horizonte, MG. Radiol Bras. 2008;41:325–9.
International Commission on Radiological Protection. Recommendations of the International Commission on Radiological Protection. ICRP Publication 60. New York: Pergamon Press; 1991.
Oliveira ML, Khoury H. Influência do procedimento radiográfico na dose de entrada na pele de pacientes em raios-X pediátricos. Radiol Bras. 2003;36(2):105–9.
Instituto Federal de Santa Catarina. Wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/index.php/ICO60801_-_Diário_2016-2. Disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/oitava_serie/Ondas4.php. [Acesso em 20 fev. 2017].
Hedesiu M, Marcu M, Salmon B, Pauwels R, Oenning AC, Almasan O, et al. Irradiação fornecida por procedimentos radiológicos odontológicos em uma população pediátrica. Eur J Radiol. 2018;103:112–7. doi:10.1016/j.ejrad.2018.04.021.
Preston RJ. Radiation biology: concepts for radiation protection. Health Phys. 2005;88(6):545–56.
Gerber TC, Gibbons RJ. Weighing the risks and benefits of cardiac imaging with ionizing radiation. JACC Cardiovasc Imaging. 2010;3(5):528–35.
Mastrocola LE, Alves FBP, Lopes RW. Exames de imagem e risco da exposição às radiações. Conceitos fundamentais. Parte I. Rev DERC. 2012;18(2):44–5.
Skromov de Albuquerque A, Mastrocola LE. Radiação e exames diagnósticos: qual o risco real. Rev Soc Cardiol Estado São Paulo. 2017;27(2):82–7.
Einstein AJ. Effects of radiation exposure from cardiac imaging: how good is the data? J Am Coll Cardiol. 2012;59(6):553–65.
Guibelalde E, Fernández JM, Vanó E, Llorca A, Ruiz MJ. Image quality and patient dose for different screen-film combinations. Br J Radiol. 1994;67:166–73.
Preston DL, Shimizu Y, Pierce DA, Sobue T, Fujita S, et al. Solid cancer incidence in atomic bomb survivors: 1958–1998. Radiat Res. 2007;168:1–64.
Agarwal P, Vinuth DP, Haranal S, et al. Genotoxic and cytotoxic effects of X-ray on buccal epithelial cells following panoramic radiography: a pediatric study. J Cytol. 2015;32(2):102–6. doi:10.4103/0970-9371.160559.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Amanda Karoliny Melo de Brito, Eric Felipe Silva Gomes, Gabriel de Assis Bandeira Sousa, Lívia Maria Santana de Siqueira , Maria Alice Vieira dos Santos, Maria Clara Fernanda Melo de Brito, Samnyo Martins Oliveira