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saúde
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Resumo
Introdução: O aumento das taxas de cesárea no Brasil ultrapassa a recomendação da OMS, com implicações para a saúde materna e neonatal. Fatores como salários dos profissionais e características socioeconômicas das gestantes são importantes para esse aumento. Objetivo: Analisar a evolução das taxas de partos cesáreos no Brasil entre 2014 e 2023, considerando as diferenças regionais e características sociodemográficas das gestantes. as taxas de cesarianas no Brasil entre 2014 e 2023. Metodologia: Estudo ecológico com dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), abrangendo todas as regiões do Brasil. Foram analisados mais de 44 milhões de partos. As taxas de cesárea por 100.000 nascidos vivos foram calculadas e avaliadas com regressão JoinPoint para identificar tendências temporais. Variáveis como idade, escolaridade, estado civil, cor/etnia, tempo de gestação, peso ao nascer e Apgar foram descritas por meio de estatística descritiva e analisadas com testes de associação. Resulatdos: Entre 2014 e 2023, 48,19% dos partos foram cesáreos, com maiores taxas nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Após breve queda ou estabilidade até 2015, observou-se aumento nas taxas a partir de 2016, exceto na região Sul, que manteve estabilidade. A maioria das cesáreas ocorreu entre gestantes com idade de 20 a 34 anos e ensino médio completo, indicando prevalência mesmo entre mulheres de baixo risco. Apesar de bons desfechos imediatos, como peso adequado e Apgar satisfatório, o elevado número de cesáreas sem indicação clínica sugere forte influência de fatores não médicos. Conclusão: Os achados reforçam a importância de reavaliar práticas obstétricas, promovendo políticas que incentivem o parto humanizado, seguro e equitativo no Brasil.
Palavras-chave: Cesárea; Saúde; Parto.
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