Palavras-chave
Epidemiologia
Hospitalização
Linfoma de Hodgkin
Como Citar
Resumo
INTRODUÇÃO: O Linfoma de Hodgkin (LH) é uma neoplasia linfoproliferativa de células B, marcada pela presença das células de Reed-Sternberg, frequentemente associada a hospitalizações e mortalidade. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico das internações e óbitos por LH no Brasil entre 2020 e 2024. METODOLOGIA: Estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo, com dados do SIH/SUS extraídos da plataforma DATASUS. Foram analisadas variáveis como região, ano, faixa etária, sexo, cor/raça, tipo de atendimento e custos hospitalares. RESULTADOS: Foram registradas 27.211 internações e 945 óbitos. O Sudeste liderou ambos os indicadores (46,31%; 45,82%), enquanto o Norte teve os menores números (4,73%; 6,57%). Em 2020, observou-se o menor número de internações, óbitos e custos (18,77%; 17,67%; R$ 13.607.477,13), enquanto em 2023 ocorreram os maiores valores de internações e óbitos (21,20%; 22,96%), e em 2024, os maiores custos (R$ 16.586.778,61). A faixa etária mais acometida foi de 20 a 29 anos (24,22%; 17,57%), com predominância do sexo masculino (55,93%; 59,47%) e indivíduos pardos entre os internados (44,52%) e brancos entre os óbitos (43,5%). A maioria dos atendimentos foi de urgência (55,23%). CONCLUSÃO: Os achados destacam a alta relevância do LH no Brasil, com maior incidência em homens de 20 a 29 anos, pardos entre os internados e brancos entre os óbitos. A predominância do Sudeste e a alta taxa de atendimentos de urgência evidenciam a necessidade de estratégias de diagnóstico precoce e manejo eficaz.
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