Epidemiologia das Internações por Pneumonia em Crianças no Sudeste: Uma Análise de 2020 a 2024

Resumo

INTRODUÇÃO: A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é uma infecção aguda do parênquima pulmonar, contraída fora do ambiente hospitalar. Apesar dos avanços na imunização, a PAC segue figurando entre as causas principais de internações pediátricas no mundo. OBJETIVO: Analisar e descrever o perfil epidemiológico das crianças internadas por pneumonia na região Sudeste do Brasil, entre 2020 e 2024. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo e quantitativo acerca das crianças internadas por pneumonia na região Sudeste, entre janeiro de 2020 a dezembro de 2024. As informações foram obtidas no SIH/SUS através do DATASUS. As variáveis selecionadas foram: região/unidade da federação, ano de processamento, faixa etária, sexo, cor/raça, caráter do atendimento e valor total. Esses dados foram processados e organizados no Microsoft Excel e Microsoft Word. RESULTADOS: Entre 2020 e 2024, foram registradas 298.920 internações por pneumonia em crianças na região Sudeste. São Paulo liderou em hospitalizações (46,16%), enquanto o Espírito Santo registrou o menor valor (5,48%). O ano de 2020 teve o montante mais baixo de internações (9,50%) e 2022 o de maior pico (26,77%). A faixa etária mais afetada foi a de 1 a 4 anos, com 47,96%. Verificou-se uma ligeira predominância do sexo masculino (53,20%) e os autodeclarados pardos foram o grupo mais afetado (48,50%). O gasto total com a doença foi de R$ 354.253.710,39, sendo 97,96% dos atendimentos categorizados como urgência. CONCLUSÃO: O estudo evidencia a persistente relevância das internações por pneumonia em crianças na região Sudeste. O perfil epidemiológico aponta uma maior incidência entre meninos, na faixa etária de 1 a 4 anos, pardos e residentes em São Paulo. É essencial garantir acesso a medidas preventivas, como a vacinação, e melhorar os serviços de saúde para reduzir a incidência e os impactos econômicos associados à pneumonia.