Resumo
Este artigo tem como objetivo realizar uma revisão da literatura científica sobre as alterações cardiovasculares e sistêmicas na Síndrome de Down, com ênfase nas cardiopatias congênitas, repercussões fisiológicas e impacto na qualidade de vida dos pacientes. Para isso, foram utilizados como motores de busca os indexadores PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando os unitermos "Síndrome de Down, Cardiopatia congênita, Sopro cardíaco, Comorbidades sistêmicas". A revisão revelou que a Síndrome de Down está fortemente associada a anomalias cardiovasculares, sendo o defeito do septo atrioventricular a mais prevalente, seguido por comunicação interatrial e interventricular. Além das cardiopatias, indivíduos com Síndrome de Down apresentam maior predisposição a distúrbios visuais, hipotonia muscular e alterações na vascularização cerebral, o que pode contribuir para complicações sistêmicas. O diagnóstico precoce e o manejo multidisciplinar são fundamentais para melhorar a sobrevida e a qualidade de vida desses pacientes, destacando a importância do acompanhamento cardiológico e da intervenção precoce.
Referências
BARAONA, F.; GURIAN, M.; COHEN, A. Principais cardiopatias congênitas na Síndrome de Down: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 7, p. 49345-49364, 2013. DOI: 10.34117/bjdv8n7-49937.
FREEMAN, S. B. et al. Population-based study of congenital heart defects in Down syndrome. American Journal of Medical Genetics Part A, v. 80, n. 3, p. 213-217, 2008. DOI: 10.1002/ajmg.a.31584.
HASLE, H. Pattern of malignant disorders in individuals with Down’s syndrome. The Lancet Oncology, v. 2, n. 7, p. 429-436, 2001. DOI: 10.1016/S1470-2045(00)00378-6.
HOSPITAL MOINHOS DE VENTO. Entenda a relação entre a Síndrome de Down e as cardiopatias congênitas. Recuperado de: https://www.hospitalmoinhos.org.br/institucional/blogsaudeevoce/entenda-a-relacao-entre-a-sindrome-de-down-e-as-cardiopatias-congenitas. Acesso em: 23 fev. 2025.
PIERPONT, M. E. et al. Genetic basis for congenital heart disease: Revisited: A scientific statement from the American Heart Association. Circulation, v. 138, n. 21, p. e653-e711, 2018. DOI: 10.1161/CIR.0000000000000606.
RELLER, M. D. et al. Prevalence of congenital heart defects in metropolitan Atlanta, 1998–2005. The Journal of Pediatrics, v. 159, n. 5, p. 872-877, 2011. DOI: 10.1016/j.jpeds.2011.03.002.
ROIZEN, N. J.; PATTERSON, D. Down’s syndrome. The Lancet, v. 361, n. 9365, p. 1281-1289, 2003. DOI: 10.1016/S0140-6736(03)12987-X.
VAN TROTSENBURG, A. S. P. et al. Comorbidity, hospitalization, and medication use and their association with circulating thyroid hormone levels in young children with Down syndrome. Pediatrics, v. 118, n. 4, p. 1373-1381, 2006. DOI: 10.1542/peds.2006-0285.
VILAS BOAS, L. T.; ALBERNAZ, E. P.; COSTA, R. G. Prevalência de cardiopatias congênitas em portadores da síndrome de Down na cidade de Pelotas (RS). Jornal de Pediatria, v. 85, n. 5, p. 403-407, 2009. DOI: 10.1590/S0021-75572009000500007.
BULL, M. J. Down syndrome. New England Journal of Medicine, v. 382, n. 24, p. 2344-2352, 2020. DOI: 10.1056/NEJMra1706537.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Daniella Rodrigues de Carvalho, Maria Fernanda Dantas Giffoni Muniz, Ana Beatriz Franco de Souza, Nayron Pereira Barbosa, Jaylla Debora Freitas Brito, Renata Pereira de Souza , Rafael Litvin