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Resumo
A internação de um recém-nascido na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é um evento que gera grande impacto emocional nos pais, podendo comprometer o estabelecimento do vínculo afetivo. O contato precoce e contínuo entre pais e bebê é essencial para o desenvolvimento emocional e fisiológico do recém-nascido, além de contribuir para a redução do estresse parental. Diante disso, este estudo tem como objetivo analisar a importância do vínculo entre pais e recém-nascidos internados na UTIN, destacando os benefícios desse contato para ambos e as estratégias que podem ser adotadas pela equipe de saúde para fortalecer essa relação. Os resultados indicam que a promoção do vínculo parental na UTIN está associada a benefícios como a estabilização fisiológica do bebê, melhora no ganho de peso e no tempo de recuperação, além da redução dos níveis de ansiedade e depressão nos pais. O método canguru, por exemplo, é uma das principais estratégias utilizadas para fortalecer essa relação, permitindo o contato pele a pele e incentivando a participação ativa dos pais no cuidado do recém-nascido. A presença dos pais na UTIN, aliada ao apoio psicológico e informacional oferecido pela equipe de enfermagem, favorece a construção de um ambiente humanizado e acolhedor, reduzindo a sensação de impotência e medo que pode acompanhar essa experiência. A discussão aponta que, apesar dos benefícios comprovados do vínculo precoce, ainda existem barreiras que dificultam sua implementação, como normas hospitalares restritivas, falta de capacitação dos profissionais para lidar com as demandas emocionais dos pais e a sobrecarga da equipe de saúde. A humanização do cuidado neonatal é fundamental para garantir que os pais se sintam inseridos no processo de recuperação do bebê, fortalecendo o vínculo familiar e promovendo o bem-estar de todos os envolvidos. Conclui-se que o vínculo entre pais e recém-nascidos na UTIN é essencial para o desenvolvimento da criança e para o equilíbrio emocional dos pais. A equipe de saúde tem um papel fundamental nesse processo, devendo adotar práticas que favoreçam a aproximação familiar e garantam um cuidado humanizado. O fortalecimento desse vínculo não apenas melhora os desfechos clínicos dos recém-nascidos, mas também contribui para uma experiência hospitalar menos traumática para a família, reforçando a importância de políticas que incentivem a participação ativa dos pais no cuidado neonatal.
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