Resumo
O acolhimento com classificação de risco em centros obstétricos é uma estratégia fundamental para garantir um atendimento seguro, ágil e humanizado às gestantes, parturientes e puérperas. Esse modelo de triagem possibilita a identificação precoce de condições que exigem intervenção imediata, reduzindo complicações materno-fetais e otimizando a alocação dos recursos assistenciais. O objetivo deste estudo é analisar a importância dessa abordagem na qualidade da assistência obstétrica, destacando seus benefícios, desafios e impacto na segurança materno-infantil. Os resultados da revisão da literatura evidenciam que a implementação de protocolos padronizados de classificação de risco melhora a eficiência do atendimento e reduz o tempo de espera para casos graves. Estudos apontam que a atuação do enfermeiro nesse processo é essencial para garantir uma triagem adequada, permitindo que gestantes em situação de urgência sejam rapidamente encaminhadas para o atendimento especializado. No entanto, desafios como a falta de capacitação profissional, a escassez de recursos e a sobrecarga dos serviços de saúde comprometem a efetividade dessa estratégia. Além disso, a ausência de padronização dos critérios de risco pode levar a erros na priorização dos atendimentos, impactando negativamente os desfechos maternos e neonatais. Conclui-se que o acolhimento com classificação de risco tem um impacto significativo na qualidade da assistência obstétrica, promovendo maior segurança e humanização no atendimento às gestantes. Para que sua implementação seja eficaz, é necessário o fortalecimento da capacitação profissional, a estruturação dos serviços de saúde e o desenvolvimento de políticas públicas que garantam a padronização dos protocolos de triagem. Dessa forma, essa estratégia pode contribuir significativamente para a redução da morbimortalidade materna e neonatal, assegurando um cuidado mais eficiente e acessível às mulheres.
Referências
ALMEIDA, M. F.; LIMA, R. S.; COSTA, J. P. Impacto do tempo de espera no desfecho obstétrico: uma revisão sistemática. Revista de Enfermagem Materno-Infantil, v. 22, n. 1, p. 45-58, 2020.
CARVALHO, A. P.; SILVA, D. F.; MENEZES, T. R. Tecnologia e inovação na triagem obstétrica: desafios e perspectivas. Revista Brasileira de Saúde Materno-Infantil, v. 18, n. 3, p. 78-92, 2022.
COSTA, E. L.; FERREIRA, B. M.; OLIVEIRA, R. S. Capacitação profissional na classificação de risco obstétrica: desafios e soluções. Enfermagem em Foco, v. 13, n. 2, p. 101-115, 2022.
FREITAS, L. R.; BARBOSA, T. C.; ANDRADE, M. P. Implementação da classificação de risco obstétrica e seu impacto na humanização do atendimento. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, n. 5, p. 1123-1135, 2021.
MENDES, P. A.; OLIVEIRA, C. R. A importância da triagem obstétrica na redução da morbimortalidade materna. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 42, n. 7, p. 321-334, 2020.
PEREIRA, S. N.; ALVES, G. F.; NASCIMENTO, J. R. O papel do enfermeiro na humanização do acolhimento obstétrico. Saúde e Sociedade, v. 32, n. 1, p. 65-78, 2023.
RODRIGUES, F. L.; MARTINS, A. B.; SOUZA, H. C. A atuação do enfermeiro na classificação de risco obstétrica: um estudo de revisão. Revista de Enfermagem e Saúde da Mulher, v. 25, n. 4, p. 89-102, 2018.
SILVA, J. P.; GOMES, L. R.; FERREIRA, M. T. Desafios na implementação da classificação de risco obstétrica em unidades de saúde. Revista de Saúde Pública, v. 53, n. 2, p. 98-110, 2019.
SOUZA, T. M.; LIMA, V. C.; CASTRO, P. H. Acolhimento com classificação de risco em centros obstétricos: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 74, n. 3, p. 215-229, 2021.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Maria Eduarda Bezerra do Nascimento, Maryane Francisca Araújo de Freitas Cavalcante , Victor Hugo Júlio de Rosa, Ana Paula Silva de Arruda , Victoria Vieira Vockes, Bianca Annichini de Oliveira, Vinicius Leonardo Cosmo da Silva , Mirian dos Santos Ferreira , Ana Christina Alves de Souza , Ester dos Santos Gomes de Sena , Mariana Silva de Oliveira, Thamara Ferreira Gomes