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Resumo
Introdução: Os Transtornos do Espectro Autista (TEA) são caracterizados por anormalidades qualitativas que resultam em grandes impactos na vida do indivíduo afetado, bem como, familiares e a sociedade. Nos últimos 10 anos, houve um aumento significativo no número de casos diagnosticados e várias hipóteses foram apresentadas para explicar esse fenômeno. Entre as possibilidades mais abordadas, estão os critérios diagnósticos expandidos, maior conscientização sobre o distúrbio, diagnóstico em idades mais precoces e o reconhecimento de que o TEA é uma condição vitalícia. Objetivo: Objetiva explorar clinicamente as características do Transtorno do Espectro Autista na atualidade, e analisar as lacunas de informações que contribuem para a melhoria ou agravo das pacientes, buscando sanar as dúvidas acerca desse tema. Metodologia: Utilizou-se abordagem observacional, que consistiu em uma busca sistemática de 31 artigos científicos relacionados ao tema. Foram consultadas bases de dados como PubMed, Scopus, SciELO, utilizando termos de busca específicos, como `Transtorno do Espectro Autista´, `Genética´, `Aspectos Clínicos´ e `Neurobiologia´ . Os resultados foram sintetizados e organizados para uma análise clínica detalhada e sintetizada de forma a fornecer uma visão abrangente e atualizada sobre o tema. Resultados: A revisão identificou um aumento significativo na incidência do Transtorno do Espectro Autista (TEA) globalmente, com uma prevalência estimada de seis autistas por mil indivíduos e dois por mil no Brasil. O estudo destacou que a ampliação dos critérios diagnósticos, maior conscientização e diagnóstico precoce influenciaram esse crescimento. Foram analisados fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais, evidenciando a complexidade etiológica do TEA. A heterogeneidade clínica foi ressaltada, com variações nos déficits de comunicação, interação social e comportamentos repetitivos. O diagnóstico clínico, apoiado por testes genéticos, ainda enfrenta desafios na detecção precoce. Em relação ao tratamento, a abordagem multiprofissional mostrou-se essencial, incluindo terapias comportamentais, farmacológicas e sensoriais. Conclusão: Nas últimas décadas, a incidência de casos de autismo tem crescido de forma significativa em todo o mundo. Nesses dados, são relevantes os aspectos que há na sociedade falta de informação e conscientização sobre esses transtornos, diagnósticos incorretos e diagnósticos corretos, entretanto, não registrados em sistema algum. Portanto, existe uma demanda urgente de evidências que contribuam para o estabelecimento de programas de identificação e intervenção dos TEA no Brasil. Por isso, em meio a escassez de informações suficientemente necessárias, é imprescindível o envolvimento contínuo da comunidade científica, dos profissionais de saúde e dos responsáveis pelas políticas públicas, sendo essencial para promover e assegurar o bem-estar e a inclusão das pessoas impactadas por essa condição.
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