Microbioma oral de pacientes em unidade de terapia intensiva: revisão de literatura
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Palavras-chave

Odontologia
Unidade de terapia intensiva
Equipe hospitalar de odontologia
Microbioma

Como Citar

Queiróz , N. A. de, Magalhães, A. C. S., Galvão, J. G. B., Rodrigues, V. de O., & Carvalho, T. de A. (2023). Microbioma oral de pacientes em unidade de terapia intensiva: revisão de literatura. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 5(4), 1847–1856. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p1847-1856

Resumo

O conhecimento dos microrganismos mais prevalentes e os protocolos de controle dos mesmos são fundamentais para o cuidado integral do paciente em terapia intensiva. O objetivo deste trabalho foi determinar os principais patógenos que compõem o microbioma oral de pacientes em terapia intensiva. Foi realizada uma revisão da literatura nas bases de dados Pubmed e Scielo. Os descritores utilizados foram “nosocomial pneumonia” AND “oral cavity” e “oral microbioma” AND “ICU”. Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos. A literatura cinzenta foi excluída. Após aplicação dos critérios, 7 artigos foram selecionados para esta revisão. Mais de 500 tipos de bactérias já foram descritos na cavidade oral, sendo aproximadamente 22 classificadas como dominantes. Dentre as principais bactérias destaca-se: Pseudomonas aeruginosa, S. aureus, Acinetobacter spp, Klebsiella spp, Enterobacter spp, S. pneumoniae, E. coli, Klebsiella pneumoniae e Enterococcus faecalis. São encontradas variações de espécies entre pacientes dentados e edêntulos. A coincidência microbiológica é alta entre biofilme dental e vias aéreas inferiores. Outros microrganismos podem estar presentes no microbioma oral como é o caso do Redondoviridae, associado tanto à periodontite quanto à insuficiência respiratória e Candida albicans. Em vista da diversidade de patógenos, o agente de limpeza deve ter amplo espectro, como poucos efeitos colaterais para o paciente. A literatura demonstra que os patógenos orais mais frequentes em pacientes críticos são bactérias gram-negativas e Staphylococcus aureus. O digluconato de clorexidina 0,12% tem se mostrado o padrão ouro para a limpeza da cavidade oral em pacientes nesses ambientes, devido ao amplo espectro e substantividade.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p1847-1856
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Copyright (c) 2023 Natália Alves de Queiróz , Ana Clara Sousa Magalhães, Joyce Gabrielly Barbosa Galvão, Vitória de Oliveira Rodrigues, Thiago de Amorim Carvalho