ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA MORBIMORTALIDADE DA NEOPLASIA MALIGNA DE ESÔFAGO NA REGIÃO SUDESTE ENTRE 2013 E 2023
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Palavras-chave

Epidemiologia
Neoplasias
Esôfago
Carcinoma de Células Escamosas do Esôfago
Adenocarcinoma
Mortalidade
Morbidade

Como Citar

Graf, B. F., Mizrahi, E. B., Rodrigues Junior, A. M., Rudzevicius Silva Rossi, G., Palhares dos Santos, L., & Leal da Trindade, M. (2025). ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA MORBIMORTALIDADE DA NEOPLASIA MALIGNA DE ESÔFAGO NA REGIÃO SUDESTE ENTRE 2013 E 2023. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 7(1), 642–659. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n1p642-659

Resumo

Introdução: A neoplasia maligna de esôfago é a sexta mais comum em homens e a décima quinta em mulheres no Brasil. A maioria desses casos é carcinoma de células escamosas, com tabagismo e etilismo como principais fatores de risco. O adenocarcinoma, relacionado ao esôfago de Barrett, tem como principais fatores de risco o refluxo gastroesofágico e obesidade. O diagnóstico é frequentemente tardio, dificultando o tratamento e o prognóstico.  A alta mortalidade e escassez de estudos epidemiológicos sobre essa condição na região Sudeste entre 2013 e 2023 destacam a necessidade de pesquisas para compreender melhor os padrões da doença e melhorar estratégias de prevenção e tratamento. Métodos: Estudo transversal, ecológico, acerca do número de internações e óbitos relacionados à neoplasia maligna de esôfago na região Sudeste. Utilizou-se o Sistema de Informações Hospitalares, entre os anos de 2013 - 2023, disponibilizados pelo Departamento de Informações e Informática do Sistema Único de Saúde. Foram consideradas as variáveis: internação e óbitos por neoplasia maligna de esôfago, região geográfica, faixa etária, gênero, raça/cor e estadiamento. Resultados: Entre 2013 e 2023, foram registradas 193.451 internações por neoplasia maligna de esôfago no Brasil, concentradas principalmente no Sudeste (47,74%) e Sul (26,9%), enquanto o Norte apresentou a menor incidência (2,52%). Nesse período, ocorreram 31.315 óbitos, sendo 50,4% no Sudeste. A faixa etária mais afetada foi entre 50 e 69 anos, responsável pela maioria das internações e óbitos, bem como o sexo masculino, com 79.11% das internações. Conclusão: Observou-se maior prevalência de internações e óbitos por neoplasia maligna de esôfago no Sudeste em comparação com outras regiões, afetando principalmente homens entre 50 e 69 anos e a população parda, tanto em morbidade quanto em mortalidade. Assim, o conhecimento epidemiológico é essencial para a prevenção, conscientização da população e capacitação dos profissionais de saúde, visando ao diagnóstico precoce e melhor prognóstico.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n1p642-659
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Referências

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