Cirurgia de ulectomia em paciente pediátrico com retardo eruptivo relacionado a incisivos centrais superiores permanentes: relato de caso.
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Palavras-chave

Odontopediatria, Erupção dentária, Dentes permanentes.

Como Citar

Lins, S. de F., Alexandre, G. R., Oliveira, G. R. de A., Ramos, C. B., Santiago, A., Santos, R. J. B. dos, Pinheiro, A. L. M., & Vasconcelos, R. B. (2024). Cirurgia de ulectomia em paciente pediátrico com retardo eruptivo relacionado a incisivos centrais superiores permanentes: relato de caso . Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(12), 3072–3082. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n12p3072-3082

Resumo

O processo de erupção dentária se inicia na fase embrionária, onde promove várias etapas até o seu completo irrompimento na cavidade oral. Durante a cronologia dentária, o dente pode ser influenciado por diversos fatores, entre eles, pode-se destacar a erupção tardia devido ao excesso do tecido gengival fibroso que recobre a região de coroa do dente. Sendo assim, faz-se necessária a cirurgia de ulectomia, o qual consiste na remoção da fibrose gengival dos dentes permanentes não erupcionados. O presente artigo tem como objetivo relatar um caso clínico de ulectomia em paciente pediátrico com retardo eruptivo em incisivos centrais permanentes. Paciente do sexo masculino de 7 anos de idade, compareceu à clínica de odontopediatria do centro Universitário Brasileiro-UNIBRA acompanhado pela responsável, com queixa  de que os dentes anteriores “não nasciam”. Na anamnese, constatou-se ausência de alterações sistêmicas e não houve relato de fatores extrínsecos que pudessem resultar em tal retardo, como traumatismo dento alveolar local ou perda precoce do dente decíduo. Ao exame clínico, notou-se a presença de espessa faixa de tecido gengival com coloração mais pálida no elemento 11 e, ao toque, evidenciava-se que a coroa do dente não havia erupcionado. Para análise radiográfica do caso, foi realizada a técnica periapical modificada, assim como a panorâmica, onde foi possível observar a presença do elemento dentário correspondendo ao estágio 8 da classificação de Nolla, o que constata a real necessidade da cirurgia, uma vez que, mesmo com a formação radicular de ⅔ o dente não estava em boca. Após 19 dias de proservação, observou-se um adequado posicionamento do dente 11. Entretanto, este relato de caso teve como diferencial, a exodontia dos dentes 52 e 62, que foram necessárias para que houvesse abertura de  espaço ao dente 21 irromper na cavidade oral. Conclui-se, com este caso, que a abordagem cirúrgica da ulectomia é eficaz para o tratamento dos elementos dentários retidos, a fim de possibilitar características estético-funcionais satisfatórias.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n12p3072-3082
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