TRATAMENTO CIRÚRGICO DA DOENÇA DE CARCINOMA HEPATOCELULAR: COMPARAÇÃO DE TÉCNICAS RESSECTIVAS
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Palavras-chave

Carcinoma Hepatocelular Tratamento Cirúrgico; Técnicas Ressectivas.

Como Citar

Dionizio Gomes da Silva Berger, H., Pinesso Huang , J., Simões Montefuscolo, B., Fiorino, L., & Arêdes Oliveira, T. (2024). TRATAMENTO CIRÚRGICO DA DOENÇA DE CARCINOMA HEPATOCELULAR: COMPARAÇÃO DE TÉCNICAS RESSECTIVAS . Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(12), 1295–1303. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n12p1295-1303

Resumo

 

O tratamento cirúrgico do carcinoma hepatocelular (CHC) tem avançado significativamente nas últimas décadas, impulsionado pelo desenvolvimento de técnicas ressectivas aprimoradas. Essas abordagens visam aumentar as taxas de sucesso cirúrgico, reduzir complicações pós-operatórias e melhorar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes.

Entre as técnicas mais utilizadas estão a hepatectomia anatômica e a ressecção não anatômica. A hepatectomia anatômica consiste na remoção de segmentos hepáticos com base na distribuição vascular, permitindo uma melhor margem de segurança oncológica. Por outro lado, a ressecção não anatômica remove apenas a área afetada pelo tumor, preservando maior volume hepático funcional e sendo indicada para pacientes com função hepática limitada.

Estudos clínicos e revisões sistemáticas mostram que a hepatectomia anatômica oferece melhores taxas de sobrevida a longo prazo devido à sua abordagem mais radical. No entanto, a ressecção não anatômica continua sendo uma alternativa importante para pacientes com reserva hepática comprometida, sendo frequentemente associada a técnicas ablativas para controle local do tumor.

Outro avanço importante está no uso de técnicas minimamente invasivas, como a ressecção laparoscópica e a cirurgia robótica. Essas abordagens reduzem a dor pós-operatória, o tempo de internação hospitalar e as taxas de complicações, mantendo eficácia comparável às técnicas abertas em centros especializados.

Além disso, o uso de tecnologias de imagem avançadas, como tomografia computadorizada tridimensional e ressonância magnética, permite um planejamento cirúrgico detalhado e maior precisão durante a operação. Dispositivos como grampeadores vasculares e selantes hemostáticos também contribuíram para melhorar a segurança e a eficácia das ressecções hepáticas.

A atuação de equipes multidisciplinares especializadas em oncologia hepática tem sido fundamental para o sucesso dos tratamentos. A colaboração entre cirurgiões, oncologistas, radiologistas e anestesistas assegura um cuidado mais personalizado e adaptado às necessidades de cada paciente.

Em resumo, os avanços nas técnicas ressectivas para o tratamento do carcinoma hepatocelular representam uma evolução significativa na cirurgia oncológica. A integração de novas tecnologias, abordagens cirúrgicas inovadoras e equipes especializadas tem contribuído para melhorar os resultados clínicos e proporcionar maior sobrevida e qualidade de vida aos pacientes acometidos por essa doença complexa.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n12p1295-1303
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Copyright (c) 2024 Hugo Dionizio Gomes da Silva Berger, Juliana Pinesso Huang , Bheatriz Simões Montefuscolo, Lara Fiorino, Tarcísio Arêdes Oliveira

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