A PREVALÊNCIA DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR OBESIDADE NO BRASIL, ENTRE 2018 E 2022
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Palavras-chave

Obesidade
Doença crônica
Saúde coletiva

Como Citar

Costa, L. S. G., Poncio, S. N. A. B., Oliveira, E. C. de, Sousa, D. C. da S. de, Praseres, R. A. dos, Lima, C. A. N., Sousa, L. M. de, Andrade, T. L. da C., Borges, R. L. A., & Caetano Filho, H. F. (2023). A PREVALÊNCIA DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR OBESIDADE NO BRASIL, ENTRE 2018 E 2022. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 5(4), 1395–1406. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p1395-1406

Resumo

A obesidade é uma condição médica que acomete grande parte da população mundial, sendo considerada um grave problema de saúde pública, devido ao seu alto risco para a saúde dos indivíduos, custo elevado para a sociedade e marginalização social. A Organização Mundial de Saúde (OMS), define a obesidade como uma doença crônica não transmissível (DCNT), de caráter multifatorial, caracterizada pela concentração excessiva de tecido adiposo, em um nível que pode ser prejudicial à saúde, aumentando assim, as chances de desenvolver outras comorbidades. Tratar sobre a obesidade é de suma importância para entender as demandas da saúde coletiva. Sendo assim, o objetivo deste estudo é identificar o perfil das hospitalizações por obesidade no Brasil, no ano de 2022. Estudo é do tipo transversal, descritivo, ecológico e quantitativo da prevalência das hospitalizações por obesidade, realizado com dados obtidos por meio do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis selecionadas foram: internações, sexo, faixa etária (< 1 ano à ≥ 80 anos) e óbitos. A tabulação e análise descritiva dos dados foram realizadas por meio do programa Microsoft Office Excel (Microsoft©, 2013). No período de 2018 a 2022 ocorreram 49.592 internações por obesidade, sendo as maiores prevalências encontradas na região sul (48,8%), e 38,1% no Sudeste. 86% das internações foram do sexo feminino, enquanto que os homens representaram 13,2%. Com relação a faixa etária, verifica-se que 32,4% possuíam idade entre 30 a 39 anos. 46,7% dos óbitos ocorreram no Sudeste e 39,4% na região sul. Sendo assim, é extremamente importante um maior investimento em estratégias de prevenção e intervenção nutricional, com objetivo de reduzir o desenvolvimento da obesidade, principalmente entre os grupos que são mais susceptíveis a doença, dessa forma tais estratégias contribuiriam para a diminuição das frequentes internações ocasionadas pela obesidade e consequentemente promoveria mais qualidade de vida para a população brasileira.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p1395-1406
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