Manejo farmacológico no transtorno de Estresse Pós Traumático
PDF

Palavras-chave

Transtorno de Estresse Pós-Traumático; Manejo Farmacológico; Tratamento Farmacológico; Abordagem Terapêutica; Farmacoterapia.

Como Citar

Resende, A. B., Mota de Oliveira Madruga, M., de Jesus Araújo Castelhano, H. R., Corgosinho Lacerda, F. M., Belato, S., de Oliveira Bacarreza Rojas, E. V., da Silva Matta Oliveira, A., Ferreira da Cruz, E., Bugiato Faria Salge, C., & Da Cruz Plachi, F. (2024). Manejo farmacológico no transtorno de Estresse Pós Traumático. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(11), 4284–4296. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n11p4284-4296

Resumo

Introdução: O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é uma condição complexa que se desenvolve após eventos traumáticos, afetando severamente a qualidade de vida dos indivíduos. A condição é associada a vários sintomas como revivências, esquivas, alterações em cognição e humor, e hiperexcitabilidade. O manejo terapêutico é desafiador, envolvendo tanto abordagens psicoterapêuticas quanto farmacológicas. No entanto, muitos pacientes não respondem bem aos tratamentos disponíveis, especialmente aos medicamentos comuns como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). Objetivo: Este estudo visa revisar de forma abrangente as estratégias farmacológicas atuais e emergentes no tratamento do TEPT, explorando opções além dos ISRS para melhorar os resultados clínicos e a personalização das terapias. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura exploratória e qualitativa nas bases de dados PubMed, MedlinePlus, SciELO, LILACS e Google Acadêmico, utilizando descritores específicos relacionados ao manejo farmacológico do TEPT. O período de revisão compreendeu publicações de 1980 a 2023, focando em artigos que discutem o manejo farmacológico. Foram selecionados 25 estudos após aplicação de critérios rigorosos de inclusão e exclusão. Resultados e Discussão: A pesquisa destacou a complexidade etiológica do TEPT, incluindo fatores neurobiológicos e psicossociais. As comorbidades, como depressão e transtornos de ansiedade, complicam o manejo do TEPT. O diagnóstico é baseado em critérios do DSM-5, com a CAPS-5 sendo a principal ferramenta de avaliação. Em termos de tratamento, além dos ISRS, agentes como venlafaxina, prazosina, quetiapina, cetamina e canabidiol estão em estudo, mostrando potencial para tratar sintomas específicos do TEPT. A resposta ao tratamento varia, sugerindo a necessidade de abordagens personalizadas que combinem farmacoterapia e psicoterapia. Considerações Finais: O manejo eficaz do TEPT requer uma abordagem multidisciplinar e personalizada, que considere as peculiaridades de cada caso. A pesquisa continua sendo crucial para desenvolver tratamentos mais eficazes e menos invasivos. O compromisso dos profissionais de saúde com práticas baseadas em evidências é essencial para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados por esta patologia.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n11p4284-4296
PDF

Referências

American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.). American Psychiatric Publishing.

BERGER, William et al. Pharmacologic alternatives to antidepressants in posttraumatic stress disorder: a systematic review. Progress in neuro-psychopharmacology and biological psychiatry, v. 33, n. 2, p. 169-180, 2009.

BERNARDY, Nancy C.; FRIEDMAN, Matthew J. Pharmacological management of posttraumatic stress disorder. Current Opinion in Psychology, v. 14, p. 116-121, 2017.

BLESSING, Esther M. et al. Cannabidiol as a potential treatment for anxiety disorders. Neurotherapeutics, v. 12, n. 4, p. 825-836, 2015.

BRADY, Kathleen et al. Efficacy and safety of sertraline treatment of posttraumatic stress disorder: a randomized controlled trial. Jama, v. 283, n. 14, p. 1837-1844, 2000.

DAVIDSON, Jonathan et al. Treatment of posttraumatic stress disorder with venlafaxine extended release: a 6-month randomized controlled trial. Archives of general psychiatry, v. 63, n. 10, p. 1158-1165, 2006.

DAVIDSON, Jonathan et al. Treatment of posttraumatic stress disorder with amitriptyline and placebo. Archives of general psychiatry, v. 47, n. 3, p. 259-266, 1990.

DAVIDSON, Jonathan et al. Treatment of posttraumatic stress disorder with venlafaxine extended release: a 6-month randomized controlled trial. Archives of general psychiatry, v. 63, n. 10, p. 1158-1165, 2006.

FEDER, Adriana et al. Efficacy of intravenous ketamine for treatment of chronic posttraumatic stress disorder: a randomized clinical trial. JAMA psychiatry, v. 71, n. 6, p. 681-688, 2014.

FLORY, Janine D.; YEHUDA, Rachel. Comorbidity between post-traumatic stress disorder and major depressive disorder: alternative explanations and treatment considerations. Dialogues in clinical neuroscience, v. 17, n. 2, p. 141-150, 2015.

GRADUS, Jaimie L. Prevalence and prognosis of stress disorders: a review of the epidemiologic literature. Clinical epidemiology, p. 251-260, 2017.

HOSKINS, Mathew et al. Pharmacotherapy for post-traumatic stress disorder: systematic review and meta-analysis. The British Journal of Psychiatry, v. 206, n. 2, p. 93-100, 2015.

KESSLER, Ronald C. et al. Trauma and PTSD in the WHO world mental health surveys. European journal of psychotraumatology, v. 8, n. sup5, p. 1353383, 2017.

KOSTEN, Thomas R. et al. Pharmacotherapy for posttraumatic stress disorder using phenelzine or imipramine. The Journal of nervous and mental disease, v. 179, n. 6, p. 366-370, 1991.

KRYSTAL, John H. et al. Adjunctive risperidone treatment for antidepressant-resistant symptoms of chronic military service–related PTSD: A randomized trial. Jama, v. 306, n. 5, p. 493-502, 2011.

MARSHALL, Randall D. et al. Efficacy and safety of paroxetine treatment for chronic PTSD: a fixed-dose, placebo-controlled study. American Journal of Psychiatry, v. 158, n. 12, p. 1982-1988, 2001.

Neumeister, A. The search for glucocorticoid receptor function in posttraumatic stress disorder. Biological Psychiatry, 74(9), 653-654, 2013.

Peterson, K., Anderson, J., Bourne, D., et al. Evidence brief: Prazosin for treatment of nightmares and sleep disturbances in adults with PTSD. VA Evidence Synthesis Program Reports. Department of Veterans Affairs, 2021.

RASKIND, Murray A. et al. Trial of prazosin for post-traumatic stress disorder in military veterans. New England Journal of Medicine, v. 378, n. 6, p. 507-517, 2018.

TOLIN, D. F., & FOA, E. B. (2006). Sex differences in trauma and posttraumatic stress disorder: a quantitative review of 25 years of research. Psychological Bulletin, 132(6), 959–992.

WATTS, Bradley V. et al. Meta-analysis of the efficacy of treatments for posttraumatic stress disorder. The Journal of clinical psychiatry, v. 74, n. 6, p. 11710, 2013.

WEATHERS, Frank W. et al. Clinician-administered ptsd scale for DSM-5. Psychological Assessment, 2018.

WILKINSON, Samuel T.; RADHAKRISHNAN, Rajiv; D’SOUZA, Deepak Cyril. Impact of cannabis use on the development of psychotic disorders. Current addiction reports, v. 1, p. 115-128, 2014.

WILLIAMS, Taryn et al. Pharmacotherapy for post traumatic stress disorder (PTSD). Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 3, 2022.

YEHUDA, Rachel et al. Epigenetic biomarkers as predictors and correlates of symptom improvement following psychotherapy in combat veterans with PTSD. Frontiers in psychiatry, v. 4, p. 118, 2013.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Ana Bárbara Resende, Marina Mota de Oliveira Madruga, Hanna Rebeca de Jesus Araújo Castelhano, Fabíola Mara Corgosinho Lacerda, Sophia Belato, Evelyn Viviane de Oliveira Bacarreza Rojas, Adriana da Silva Matta Oliveira, Ederson Ferreira da Cruz, Carolina Bugiato Faria Salge, Felipe Da Cruz Plachi

Downloads

Não há dados estatísticos.