Resumo
O manejo da sepse em unidades de terapia intensiva (UTIs) tem avançado significativamente com novas diretrizes e pesquisas. A sepse, caracterizada por uma resposta inflamatória sistêmica grave, é uma das principais causas de mortalidade nas UTIs. A Campanha de Sobrevivência à Sepse (2021) introduziu o uso de cristaloides balanceados para ressuscitação, mostrando benefícios sobre o salino, especialmente em casos de lesão renal aguda. A identificação precoce da sepse, por meio de biomarcadores como a procalcitonina e a proteína C-reativa, é essencial para iniciar rapidamente a terapia com antibióticos de amplo espectro e, posteriormente, a desescalada para evitar resistência antimicrobiana. Além disso, a reposição volêmica com restrição de líquidos em pacientes com disfunção cardíaca e o uso de vasopressores, como a norepinefrina, são essenciais para o tratamento eficaz. O controle glicêmico e a mobilização precoce também são fatores que contribuem para uma recuperação mais rápida. A implementação de ferramentas preditivas, como o aprendizado de máquina, melhora a personalização dos tratamentos. Esses avanços consolidam o manejo da sepse como um processo complexo e multifatorial, exigindo uma abordagem integrada e personalizada.
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