FORTALECENDO VIDAS: AÇÕES EXTENSIONISTAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO APOIO A MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
PDF

Palavras-chave

Mulheres
Infecções sexualmente transmissíveis
Sexualidade
Autocuidado

Como Citar

Lima, B. R., Soares, A. S., Andrade , A. L. S., Souza, B. M., Batista, C. H. N., Chaves , E. C., Santos Cardoso, F., Mascarenhas , F. C., Gurgel , G. M., Rocha , I. P., Melo, I. . R., Souza , I. L. N. de, Nova , L. M. G. da, Flores, M. E. G., Moreira, M. . P., Ribeiro, R. B., Oliveira, W. C. S., & Ferreira, J. B. (2024). FORTALECENDO VIDAS: AÇÕES EXTENSIONISTAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO APOIO A MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(11), 2102–2112. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n11p2102-2112

Resumo

Introdução: A violência contra a mulher constitui uma manifestação do favorecimento do homem em detrimento da mulher, responsável por impactos nas esferas individual e coletiva. Assim, justifica-se a necessidade de ações extensionistas que visem a promoção de conhecimentos e compreensão de práticas voltadas ao cuidado desse público. Objetivo: Relatar a experiência de estudantes de Medicina na construção e execução de um projeto de extensão educativo, com foco na potencialização do conhecimento quanto às infecções sexualmente transmissíveis (IST) e à sexualidade feminina, aliados a práticas para autocuidado, de mulheres assistidas por um centro de referência, no município de Vitória da Conquista-BA, no período de 2024.2. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, construído por estudantes do quarto período do curso de Medicina, com base no desenvolvimento de um projeto extensionista voltado para mulheres assistidas por um centro de referência, no município de Vitória da Conquista-BA. As ações possuíram caráter educativo, sendo executadas em três dias distintos. A primeira ação voltou-se para a prevenção de IST. A segunda se pautou no entendimento da sexualidade e sua influência na autopercepção feminina. A última, envolveu atividades para promoção do autocuidado, a partir de momentos terapêuticos e de instruções quanto ao cuidado cotidiano com a pele. Resultados: O projeto de extensão promoveu espaços para construção de conhecimentos entre a comunidade assistida e acadêmica, importantes para a compreensão dos aspectos que envolvem uma maior e melhor qualidade de vida para as mulheres, tanto fisicamente como mentalmente. As ações trouxeram caráter inovador e sustentável, sendo de baixo custo e de fácil aplicabilidade em outras comunidades. Conclusões: As intervenções possuíram potencial de impacto positivo na vida desse grupo, promovendo aprendizados que lhe garantiram uma melhor compreensão dos fatores que interferem no bem-estar feminino, desde acometimentos físicos, como as IST, até aqueles influenciam na sua autopercepção, autoestima e saúde mental. Com isso, proporcionou-se apoio e fortalecimento a mulheres diante de algumas de suas vulnerabilidades mais patentes.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n11p2102-2112
PDF

Referências

ANDRADE, M. L.; et al. Educação sexual e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis em mulheres. Revista Brasileira de Saúde Pública, São Paulo, v. 54, n. 3, p. 98-104, 2020.

BALBINOTTI, I. A violência contra a mulher como expressão do patriarcado e do machismo. Revista da ESMESC, v. 25, n. 31, p. 239–264, 19 dez. 2018.

BASÍLIO, R.; MUNER, L. TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS CAUSADOS PELA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM MULHERES. Revista Cathedral, v. 5, n. 1, p. 36-46, 19 mar. 2023.

BATISTA, P.; PUMARIEGA, R. Integração entre tecnologia e saúde: o uso de aplicativos no autocuidado feminino. Journal of Women’s Health, Nova Iorque, v. 31, n. 5, p. 565-573, 2022.

BEARZI, P. S. S. DE et al. Trilhas para o enfrentamento da violência contra a mulher. Revista Estudos Feministas, v. 28, n. 3, 2020.

BOTH, J.; et al. Apoio psicológico e redes de acolhimento para mulheres vítimas de violência. Revista de Psicologia Social e Comunitária, São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-82, 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Brasília, 2022a.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais para a prevenção combinada de IST no Brasil. Brasília, 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual técnico para o diagnóstico e manejo de IST. Brasília, 2023.

BROTTO, L. A.; et al. Saúde sexual e bem-estar emocional das mulheres. Journal of Sexual Medicine, Nova Iorque, v. 13, n. 2, p. 255-262, 2016.

FALKENBERG, M. B.; et al. Saúde sexual e autoestima feminina: abordagens e práticas. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 6, p. 1943-1951, 2014.

FONSECA, D. H.; RIBEIRO, C. G.; LEAL, N. S. B. Violência doméstica contra a mulher: realidades e representações sociais. Psicologia & Sociedade [online], v. 24, n. 2, pp. 307-314, 2012.

FONSECA, R. M. G. S.; RIBEIRO, C. G.; LEAL, A. F. Violência contra a mulher e saúde mental: uma abordagem teórica e prática. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 46, n. 5, p. 782-790, 2012.

FORNARI, A.; et al. Benefícios das práticas de meditação e autocuidado em contextos de vulnerabilidade feminina. Revista Brasileira de Psiquiatria e Saúde Mental, Brasília, v. 40, n. 3, p. 311-318, 2021.

FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Relatório Anual de Segurança Pública no Brasil: Taxas de infecções e violência sexual. São Paulo, 2023.

GIFFIN, K. Violência de gênero, sexualidade e saúde. Cadernos de Saúde Pública, v. 10, n. 1, p. S146–S155, 1994

PEREIRA, J. C. et al. Consequências psicológicas da violência doméstica: uma revisão de literatura / Psychological consequences of domestic violence: a literature review. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 4, p. 14736–14752, 2021.

PEREIRA, M. A.; et al. Práticas de autocuidado para a redução de ansiedade em mulheres vulneráveis. Saúde & Bem-Estar, Curitiba, v. 9, n. 3, p. 202-211, 2021.

PINTO, G.; et al. Profilaxias e educação em saúde sexual no Brasil. Revista Brasileira de Educação e Saúde Sexual, Brasília, v. 22, n. 4, p. 245-254, 2018.

PINTO, V. M. et al. Fatores associados às infecções sexualmente transmissíveis: inquérito populacional no município de São Paulo, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 2423-2432, 2018.

SILVA, A. F. C. et al. Violência doméstica contra a mulher: contexto sociocultural e saúde mental da vítima. Research, Society and Development, v. 9, n. 3, p. e35932363–e35932363, 1 jan. 2020.

SILVA, L. E. L.; OLIVEIRA, M. L. C. Violência contra a mulher: revisão sistemática da produção científica nacional no período de 2009 a 2013. Ciência e Saúde Coletiva, v. 20, n. 11, p. 3523-3532, 2015.

THIOLLENT, M. Métodos participativos para a promoção do autocuidado em saúde. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, p. 123-130, 2018.

WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines for the management of sexually transmitted infections. Geneva, 2003.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Bianca Rocha Lima, André Santos Soares, Anna Luiza Santos Andrade , Bethânia Magalhães Souza, Cecília Henrique Nogueira Batista, Enzo Cardoso Chaves , Felipe Santos Cardoso, Feliphe Costa Mascarenhas , Giselle Monteiro Gurgel , Igor Pereira Rocha , Isabela Ribeiro Melo, Ivo Loiola Nobre de Souza , Luíza Macêdo Galvão da Nova , Maria Eduarda Gonçalves Flores, Marina Pacheco Moreira, Rian Brito Ribeiro, Wendel Couto Silva Oliveira