Resumo
Introdução: As doenças ortopédicas congênitas representam um conjunto de condições que afetam o sistema musculoesquelético e são presentes desde o nascimento. Entre elas, destacam-se a displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ), o pé torto congênito e a escoliose congênita, cada uma com seus próprios desafios diagnósticos e terapêuticos. O diagnóstico precoce e o tratamento eficaz dessas condições são cruciais para garantir o desenvolvimento adequado e a qualidade de vida das crianças afetadas. Objetivos: Analisar os principais desafios no diagnóstico e tratamento de doenças ortopédicas congênitas em crianças e adolescentes. Materiais e Métodos: Para a coleta de dados, foram utilizados os recursos dos seguintes repositórios: Base dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), PubMed e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Foram analisadas diversas fontes, incluindo artigos científicos, monografias e periódicos, para extrair informações relevantes sobre o tema. Resultados e Discussões: Os desafios no diagnóstico e tratamento de doenças ortopédicas congênitas em crianças e adolescentes estão principalmente na dificuldade de identificar precocemente essas condições devido à sobreposição de sintomas com aspectos normais do desenvolvimento e à complexidade das anomalias osteomusculares. O tratamento exige uma abordagem especializada e frequentemente multidisciplinar, com pediatras desempenhando um papel crucial na triagem e encaminhamento para especialistas, e ortopedistas adaptando suas estratégias para as mudanças durante o crescimento e a transição para a adolescência. Superar esses desafios requer uma formação contínua dos profissionais de saúde e a implementação de protocolos de triagem rigorosos, além de uma colaboração eficaz entre diferentes especialidades para melhorar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes. Conclusão: Em conclusão, o manejo de doenças ortopédicas congênitas em crianças e adolescentes demanda uma abordagem integrada e especializada devido à complexidade dos diagnósticos e ao impacto das condições durante o crescimento. A identificação precoce e o tratamento eficaz são fundamentais para prevenir complicações futuras e garantir o melhor desenvolvimento possível.
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