Resumo
INTRODUÇÃO: A toxoplasmose, causada pelo Toxoplasma gondii, representa um risco significativo na gestação, podendo resultar em complicações como alterações oculares e neurológicas no recém-nascido. OBJETIVO: delinear o perfil epidemiológico de gestantes diagnosticadas com toxoplasmose no estado da Paraíba. METODOLOGIA: descrever o perfil epidemiológico RESULTADOS E DISCUSSÃO: No Brasil, a incidência de toxoplasmose congênita varia de 4 a 10 casos a cada 10 mil nascidos vivos, com a maioria dos casos assintomáticos. Entre 2019 e 2023, foram registrados 773 casos de toxoplasmose gestacional na Paraíba, com maior prevalência em gestantes entre 20 e 39 anos e no segundo trimestre da gestação. A análise revelou lacunas na escolaridade das gestantes, com 30% dos dados não informados, dificultando a identificação de padrões de vulnerabilidade. CONCLUSÃO: A diversidade genética do protozoário e o risco de reinfecção exigem abordagens preventivas abrangentes, enfatizando a triagem sorológica e o acesso equitativo aos serviços de saúde, especialmente em áreas vulneráveis. A pesquisa destaca a necessidade de fortalecer políticas de saúde pública para reduzir a incidência e proteger a saúde materno-infantil.
Referências
BOLLANI, L. et al. Congenital Toxoplasmosis: The State of the Art. Frontiers in Pediatrics, v. 10, 6 jul. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Cadernos de Atenção Básica, n° 32. Brasília: Editora do Ministério da Saúde. 2013.
DA ROSA, V. H. J. et al. Perfil epidemiológico da toxoplasmose gestacional no estado do Amazonas. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, n. 1, p. 981–991, 2024.
DINIZ, S.F et al. Análise dos casos de citomegalovírus, toxoplasmose e rubéola em gestantes em um hospital de referência em João Pessoa, Paraíba, no período de agosto a novembro de 2015. Vigilância Sanitária em Debate, "Rio de Janeiro, Brasil", v. 5, n. 4, p. 40–44, 2017.
ELBEZ-RUBINSTEIN, A. et al. Congenital toxoplasmosis and reinfection during pregnancy: case report, strain characterization, experimental model of reinfection, and review. The Journal of infectious diseases. Vol 199(2), 280-285. 2009.
FERREIRA, J. V. et al. Soroprevalência Para Toxoplasmose Em Gestantes. Educação Ciência E Saúde, Campina Grande PB, v. 7, p. 101–116, 2020.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2022. Rio de Janeiro. 2022.
MESQUITA, F. D. M. Toxoplasmose: Análise Da Sorologia Em Gestantes Na Atenção Básica De Catolé Do Rocha - PB. Graduação em Farmácia. Universidade Federal de Campina Grande, Cuité, v. 1, n. 1, p. 88–100, 2023.
MELO F.M.S, OLIVEIRA H.M.B.F, BARBOSA V.S.A. Perfil sorológico para toxoplasmose em mulheres na idade reprodutiva, Santa Cruz, Rio Grande do Norte. Rev. Saúde Col. UEFS 2022; 12(2):e-7541.1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. TelessaúdeRS (TelessaúdeRS-UFRGS). Telecondutas: toxoplasmose na gestação: versão digital 2022. Porto Alegre: TelessaúdeRS-UFRGS, 14 nov 2022.
TAVARES, H. H. F et al. ANÁLISE E PERSPECTIVA SOBRE A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE PARA O ATENDIMENTO À MULHER NEGRA. Extensio: R. Eletr. de Extensão, ISSN 1807-0221 Florianópolis, v. 15, n. 28, p.19-28, 2018.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Dênis Carlos Almeida Chaves, Milene Honório e Silva, Karolinne Alves Figueiredo, Luana Gabriele De Souza Ferreira, Ayssa Joyce Alves Vieira, Claudia Cristina Soares de Brito, Rafaella Araújo Santos Souza, Hygo Marcus da Silva Barreto, Victor Duarte Nóbrega , Maria Eduarda da Silva Santos, Thully Gleice Marinheiro Leonardo