Tendência temporal da mortalidade por suicídio no Acre e no Brasil, 2010 a 2022
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Palavras-chave

Suicídio
Tendência temporal
Depressão
Transtornos psiquiátricos

Como Citar

Maia, R., Maia, K., Maciel, V., Bezerra, J., Castro, A. C., Cavalcante, J., Silva, A., & Souza, R. (2024). Tendência temporal da mortalidade por suicídio no Acre e no Brasil, 2010 a 2022. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(10), 4677–4693. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p4677-4693

Resumo

Este artigo tem por objetivo descrever o perfil epidemiológico e analisar a tendência temporal dos óbitos por suicídio no estado do Acre e no Brasil no período de 2010 a 2022. Trata-se de um estudo de série temporal que incluiu dados sobre óbitos  que tiveram como causa básica o suicídio coletados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A análise de dados incluiu o cálculo das taxas de mortalidade por suicídio; razão de sexo; análise da tendência temporal por meio de modelos de regressão linear generalizados segundo o método de Prais-Winsten; frequência absoluta e relativa de óbitos segundo variáveis selecionadas. No Acre, as taxas de mortalidade por suicídio por 100 mil habitantes variaram de 5,35 a 8,94, com tendência crescente de 4,03% ao ano (p<0,001). No Brasil, o valor mínimo e máximo da mortalidade foram observados nos anos de 2010 (5,23) e 2022 (7,72) respectivamente; houve tendência crescente com variação percentual anual (APC) de 3,16% (p<0,001). As taxas de mortalidade por suicídio foram superiores entre os homens com razão de sexo variando de 2,58 a 7,08 no Acre e 4,74 a 5,08 no Brasil. Houve crescimento estatisticamente significante da mortalidade para ambos os sexos com maior crescimento entre as mulheres no estado do Acre (APC= 6,95%). Indivíduos com escolaridade entre 8 e 11 anos e solteiros foram mais afetados. No Acre, maior incidência foi observada entre jovens de 15 a 24 anos e raça parda, enquanto no Brasil, houve predominância entre pessoas de 25 a 34 anos e raça branca. A tendência crescente de suicídios observada no Acre e no Brasil se manifesta de maneira preocupante considerando as elevadas taxas entre homens e crescimento acentuado entre as mulheres. O aumento observado contraria a tendência global de redução demandando uma reavaliação das estratégias de prevenção e promoção da saúde mental, com ênfase na criação de políticas públicas mais assertivas e equitativas, alinhadas aos desafios regionais e nacionais.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p4677-4693
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