Resumo
Introdução: O uso de psicoestimulantes cerebrais, como o metilfenidato e a modafinila, tem se tornado cada vez mais comum entre estudantes de medicina. Esse comportamento é motivado pelas exigências acadêmicas intensas e pela busca por um desempenho cognitivo elevado. Contudo, seu uso indiscriminado suscita preocupações sobre os riscos à saúde e dilemas éticos no ambiente acadêmico. Objetivos: Investigar a prevalência do uso de psicoestimulantes por estudantes de medicina, as motivações subjacentes, os impactos na saúde física e mental e as implicações éticas. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica de estudos publicados entre 2018 e 2024, selecionados a partir de bases de dados como PubMed, SciELO, BVS e Google Scholar. Foram incluídos artigos que analisavam o uso de psicoestimulantes por estudantes de medicina para melhora do desempenho cognitivo. Resultados e Discussão: A análise identificou que o uso de psicoestimulantes é amplamente impulsionado pelas demandas acadêmicas. O metilfenidato foi o fármaco mais utilizado. Os principais efeitos adversos reportados incluem insônia, ansiedade e cansaço intenso, enquanto a automedicação é prevalente. Considerações Finais: O uso não prescrito de psicoestimulantes entre estudantes de medicina representa um risco significativo à saúde e levanta questões éticas sobre a equidade acadêmica. É necessário fortalecer a regulamentação e promover intervenções educacionais que abordem os perigos do uso indiscriminado dessas substâncias, além de incentivar alternativas saudáveis para o gerenciamento do estresse acadêmico.
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