UROLITIASE EM CÃES E GATOS: DIAGNÓSTICO E INDICAÇÃO CIRÚRGICA E NÃO CIRÚRGICA
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Palavras-chave

Cálculos urinários
Cães
Gatos
Urólitos

Como Citar

Santos, A. O., Freitas , J. C. de, Chaves, L. K. M., Pereira, K. D. da C., Rodrigues, E. B. F., Pereira , A. H. G., Boabaid, W. F., Zorzi , L. R. M., Araújo, A. S. de, Guimarães, R. B. M., Corrêa , R. A., & Waterloo , M. de M. L. (2024). UROLITIASE EM CÃES E GATOS: DIAGNÓSTICO E INDICAÇÃO CIRÚRGICA E NÃO CIRÚRGICA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(10), 2528–2536. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p2528-2536

Resumo

Introdução: A urolitíase é uma condição frequente que afeta o trato urinário de cães e gatos, levando à formação de cálculos que podem resultar em cistite ou obstruções graves. Esses cálculos variam em composição, sendo os de estruvita e oxalato de cálcio os mais comuns. A condição afeta principalmente raças e faixas etárias específicas, exigindo manejo cuidadoso devido às altas taxas de recorrência e variabilidade na resposta ao tratamento. Objetivo: Objetivo: O presente estudo tem como objetivo revisar os métodos de diagnóstico e as opções de tratamento cirúrgico e não cirúrgico da urolitíase em cães e gatos. Metodologia: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura, com busca nas bases de dados PubMed, Scielo, Google Scholar e ScienceDirect. Os artigos foram selecionados com base em sua relevância, abrangendo publicações sobre a prevalência, diagnóstico e tratamento da urolitíase em pequenos animais. Resultados e Discussão: A urolitíase em cães e gatos tem diversas causas, como dieta, predisposição genética e fatores anatômicos. O diagnóstico é realizado por meio de exames laboratoriais, radiografia e ultrassonografia, sendo a tomografia uma ferramenta recomendada em casos complexos. O tratamento cirúrgico, como a cistotomia e a uretrotomia, é indicado em situações de obstrução ou cálculos grandes. Já o tratamento não cirúrgico, incluindo dissolução medicamentosa e alterações alimentares, pode ser eficaz para cálculos de estruvita e urato. A litotripsia, que utiliza ondas de choque para fragmentar cálculos, é uma alternativa menos invasiva, mas seu custo elevado e disponibilidade limitada restringem o uso. As altas taxas de recorrência reforçam a importância de um manejo preventivo e acompanhamento regular. Conclusão: A urolitíase em cães e gatos é uma condição desafiadora que requer um diagnóstico preciso e tratamento personalizado. Embora o tratamento cirúrgico seja frequentemente necessário em casos graves, métodos menos invasivos, como alterações dietéticas e dissolução medicamentosa, são eficazes em determinados casos. O acompanhamento veterinário contínuo é essencial para prevenir recidivas e garantir a saúde dos animais afetados.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p2528-2536
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