PANORAMA HOSPITALAR BRASILEIRO DOS PACIENTES INTERNADOS POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO NA REGIÃO SUDESTE.
PDF

Palavras-chave

Acidente Vascular Cerebral
Epidemiologia
Sistema Único de Saúde
Custos Hospitalares

Como Citar

Aparecida Matos, P., Nogueira Lopes da Silva, V., Fontes Marietti, A., Teza, A., & Queiroz, M. (2024). PANORAMA HOSPITALAR BRASILEIRO DOS PACIENTES INTERNADOS POR ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO NA REGIÃO SUDESTE. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(10), 4548–4561. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p4548-4561

Resumo

Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é a segunda maior causa de morte no mundo, além de ser a terceira principal causa de incapacidade mundialmente. Segundo a Organização Mundial de Saúde a maneira mais eficaz de reduzir a carga dos AVE é por meio da  prevenção primária. Trata-se de uma afecção de grande impacto para a saúde pública, principalmente no sudeste do Brasil, considerada a região mais populosa. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes internados por AVE na região sudeste. Método: Estudo ecológico, descritivo, utilizando dados secundários com uma abordagem quantitativa, dados extraídos por meio do acesso ao Sistema de Morbidade Hospitalar. Tais dados são referentes a pacientes com AVE, não especificado como hemorrágico ou isquêmico. Resultados: O número de internações exibe um caráter crescente, com maior prevalência em Minas Gerais, seguido de São Paulo. Nota-se São Paulo e Minas Gerais com a maior parte dos valores gastos. Segunda a análise estatística, não há uma relação direta entre o sexo e a apresentação dessa afecção. A faixa etária mais acometida e com maior chance de evoluir a óbito tinha entre 60 a 79 anos. A maior taxa de mortalidade foi vista no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Discussão: Nossos resultados afirmam estudos anteriores que exibem uma alta prevalência de AVE em homens, fato associado a fatores de risco como alcoolismo. Além disso, o risco e a mortalidade aumentam com a idade, o envelhecimento está relacionado a comorbidades que elevam as chances de desenvolver tal patologia. Em termos de custos hospitalares, São Paulo se destaca com as maiores despesas, o que pode ser justificado pela sua infraestrutura médica avançada. Conclusão: Observa-se um número crescente de notificações, com maior prevalência em estados mais populosos e idosos, sem diferença significativa em relação ao sexo. Desse modo, o Brasil enfrenta um cenário alarmante, exigindo uma abordagem multidisciplinar e políticas públicas, afim de potencializar a promoção da saúde e redução de gastos. 

 

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p4548-4561
PDF

Referências

ALMEIDA, Sara Regina Meira. Análise epidemiológica do acidente vascular cerebral no

Brasil. Revista Neurociências, v. 20, n. 4, p. 481-482, 2012.

BRASIL; LARISSA Matioski PEIXOTO; EVELLYN de Moura UEDA; Natsumi Hamasaki et al.

Análise da mortalidade por acidente vascular cerebral no Brasil entre 2018 e 2021.

Revista Sociedade Científica, v.7, n.1, p.1238-1250, 2024.

CEDOC UMANE.Prevalência de diabetes no Brasil: Mapa de casos no país. Disponível

em:

<https://biblioteca.observatoriodaaps.com.br/blog/prevalencia-de-diabetes-no-brasil/

#:~:text=Outra%20data%20observada%20anualmente%20%C3%A9>. Acesso em: 10

set. 2024.

Censo: número de idosos no Brasil cresceu 57,4% em 12 anos. Disponível em:

<https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/noticias/2023/10/censo-2022-numero-de

idosos-na-populacao-do-pais-cresceu-57-4-em-12-anos#:~:text=%C3%8Dndice%20de%

envelhecimento%20sobe%20de%2030%2C7%20para%2055%2C2&text=Portanto%2

C%20quanto%20maior%20o%20valor,de%200%20a%2014%20anos>. Acesso em: 10

set. 2024.

CHIU, C.-C. et al. Multidisciplinary Care after Acute Care for Stroke: A Prospective

Comparison between a Multidisciplinary Post-Acute Care Group and a Standard Group

Matched by Propensity Score. International Journal of Environmental Research and

Public Health, v. 18, n. 14, p. 7696, 20 jul. 2021.

CIPULLO, J.P. et al. Prevalência e Fatores de Risco para Hipertensão em uma População

Urbana Brasileira. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, v. 94, n. 4, p.519-26, 2010.

COSTA BOMFIM, W.; CASTRO SANTOS CAMARGOS,M.Efeitos indiretos da COVID-19:

Mudanças nas taxas de internação em Minas Gerais e São Paulo. RAHIS- Revista de

Administração Hospitalar e Inovação em Saúde, v. 18, n. 3, p. 42–55, 13 set. 2021.

DE SOUZA, Daisy Polydoro; WATERS, Camila. Perfil epidemiológico dos pacientes com

acidente vascular cerebral: pesquisa bibliográfica. Brazilian Journal of Health Review,

v. 6, n. 1, p. 1466-1478, 2023.

DOSSANTOS, Lucas Bezerra; WATERS, Camila. Perfil epidemiológico dos pacientes

acometidos por acidente vascular cerebral: revisão integrativa. Brazilian Journal of

Development, v. 6, n. 1, p. 2749-2775, 2020.

FILHO, E. M.; CARVALHO, W. B. Acidentes vasculares encefálicos em pediatria. J.

Pediatr, v. 85, n. 6, p. 469-479, 2009. doi: 0021-7557/09/85-06/469.

FRANCISCO, P. M. S. B. et al. Prevalence and associated factors of stroke in older adults

in Brazil, 2019. Disponível em:

<https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/pps-6199>. Acesso em: 10 set. 2024.

GASPARI, A. P. et al. Predictors of prolonged hospital stay in a Comprehensive Stroke

Unit. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 27, 14 out. 2019.

HANKEY, G. J. Stroke. The Lancet, v. 389, n. 10069, p. 641–654, fev. 2017.

LUENGO-FERNANDEZ, R. et al. Economic burden of stroke across Europe: A

population-based cost analysis. European Stroke Journal, v. 5, n. 1, p.

, 29 out. 2019.

MALTA, D. C. et al. Prevalência e fatores associados com hipertensão arterial

autorreferida em adultos brasileiros. Revista de Saúde Pública, v. 51, (suppl 1), 2017.

MELO, Luciana Leite et al. Fatores de risco para o acidente vascular encefálico.

Universitas: Ciências da Saúde, v. 3, n. 1, p. 145-160, 2005.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Acidente Vascular Cerebral- AVC. Disponível em:

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/avc. Acesso em: 10 Jul.

PRÉCOMA, D. B. et al. Updated Cardiovascular Prevention Guideline of the Brazilian

Society of Cardiology- 2019. Arquivos Brasileiros De Cardiologia, v. 113, n. 4, p.

–891, 1 out. 2019.

ROCHMAH,T. N. et al. Economic Burden of Stroke Disease: A Systematic Review.

International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 18, n. 14, p.

, 15 jul. 2021.

SILVA, Luciana Leite Melo e; DE MOURA, Carlos Eduardo Maciel; DE GODOY, José

Roberto Pimenta. Fatores de risco para o acidente vascular encefálico. Universitas

Ciências da Saúde, v. 03, n.01, p. 145-160, 2005.

STRUIJS, J. N. et al. Future costs of stroke in the Netherlands: The impact of stroke

services. International Journal of Technology Assessment in Health Care, v. 22, n. 4, p.

–524, 19 set. 2006.

TADI, P.; LUI, F. Acute Stroke. In: StatPearls. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing.

Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30570990/>.

TREMMEL, M.et al. Economic Burden of Obesity: A Systematic Literature Review.

International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 14, n. 4, p. 435,

abr. 2017.

WINSTEIN, C. J. et al. Guidelines for Adult Stroke Rehabilitation and Recovery: a

Guideline for Healthcare Professionals from the American Heart Association/American

Stroke Association. Stroke, v. 47, n. 6, p. e98–e169, 4 maio 2016.

WORLDSTROKEORGANIZATION. Global Stroke Fact SheetWorld Stroke Organization.

[s.l.] World Stroke Organization, 2022. Disponível em:

<https://www.world-stroke.org/assets/downloads/WSO_Global_Stroke_Fact_Sheet.pd

f>.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Paloma Aparecida Matos, Victória Nogueira Lopes da Silva, Antonia Fontes Marietti, Amanda Teza, Mailson Queiroz

Downloads

Não há dados estatísticos.