Ampla abordagem clínica da otite média aguda infantil
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Palavras-chave

Otite Média Aguda; Crianças; Tratamento Clínico; Abordagem Terapêutica.

Como Citar

Pereira da Silva Neto, P., Alves Silvestrini, G., Gomes Aguiar, D., Naiara Barbon de Almeida, A., Novaes Teixeira Garcia Ruiz, J., Tozo Zahr, M., Coelho Baliviera, G., Tavares da Silva e Paiva, J., do Carmo Tanaka, S., & Belone, J. (2024). Ampla abordagem clínica da otite média aguda infantil. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(10), 423–435. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p423-435

Resumo

A otite média aguda (OMA) é uma condição comum em crianças pré-escolares, caracterizada pela inflamação e acúmulo de fluido na cavidade timpânica. Este artigo foca nos aspectos epidemiológicos, fatores de risco, diagnósticos e tratamentos da OMA, enfatizando a importância da prevenção e do manejo eficaz de casos complicados ou recorrentes. O objetivo é melhorar as práticas clínicas e diminuir o impacto da doença na população pediátrica. A metodologia empregada foi uma revisão sistemática da literatura, examinando estudos experimentais e não experimentais através de bases de dados como PubMed, MedlinePlus, SciELO, e Google Acadêmico. A seleção dos artigos foi baseada em critérios que incluíam relevância direta ao tema e disponibilidade completa em português ou inglês. Os achados do estudo indicam que a disfunção da tuba auditiva, frequentemente exacerbada por infecções respiratórias superiores, alergias e hipertrofia de adenoides, está geralmente na raiz da OMA. Sintomas comuns incluem dor intensa, febre e perda auditiva temporária, com riscos de complicações graves como mastoidite e perda auditiva permanente se não tratados adequadamente. O tratamento primário com antibióticos, particularmente a amoxicilina, mostrou-se eficaz, mas o aumento da resistência antimicrobiana destaca a necessidade de uso cuidadoso desses medicamentos. Conclui-se que uma abordagem clínica personalizada e informada é crucial. Educar pais e profissionais sobre prevenção e identificação precoce dos sintomas, juntamente com a vacinação e uma vigilância cuidadosa em casos leves, pode reduzir a incidência e a severidade da OMA. Práticas baseadas em evidências são essenciais para otimizar os resultados clínicos e reduzir a carga dessa condição frequente entre crianças.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p423-435
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