ABORDAGEM TERAPÊUTICAS PARA A RETINOPATIA DIABÉTICA
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Palavras-chave

Retinopatia Diabética; Diabetes Mellitus; Complicações Visuais; Abordagens Terapêuticas.

Como Citar

Araújo, M. E. F. M. de, Paulo , L. G. de, Micheletto, H., Souza, E. dos S., Larissa Matioski Brasil, Rego, L. H. R. M., Mesquita, A. N. de, Pires, M. E. M. S., Filho, R. L. da S., Waseda, L. M. B., Alvarenga, M. C. C., Debortolli, V. B., & Guarienti, E. (2024). ABORDAGEM TERAPÊUTICAS PARA A RETINOPATIA DIABÉTICA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(9), 2828–2841. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p2828-2841

Resumo

A retinopatia diabética (RD) é uma complicação visual associada ao diabetes mellitus (DM) que afeta principalmente adultos economicamente ativos, especialmente em regiões de baixa e média renda. Com o aumento da prevalência de DM, a RD tem se tornado uma preocupação crescente de saúde pública devido ao risco de perda de visão. A RD é uma doença microvascular que evolui silenciosamente, gerando danos irreversíveis à retina. Além do impacto pessoal e emocional, a RD acarreta altos custos para os sistemas de saúde. A etiologia da RD está ligada a fatores como hiperglicemia crônica, inflamação de baixo grau e estresse oxidativo, que causam danos vasculares na retina. Esses processos bioquímicos incluem o aumento de produtos finais de glicação avançada (AGEs), estresse oxidativo e ativação de mediadores inflamatórios, que resultam na disfunção vascular e progressão da doença. Em relação à fisiopatologia, a RD envolve inflamação crônica e mudanças microvasculares que comprometem a retina, incluindo a quebra da barreira hemato-retiniana, perda de células endoteliais e danos neuronais. O diabetes, especialmente o tipo 2, está associado à obesidade, o que intensifica os danos vasculares, contribuindo para o avanço da retinopatia. O estudo revisa a literatura sobre a importância do diagnóstico precoce da RD, com uma revisão integrativa para identificar abordagens terapêuticas. Foram analisados 121 artigos publicados entre 2019 e 2024, focando nas melhores e mais atuais estratégias de tratamento.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p2828-2841
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